27 novembro 2008

Pirraça e ‘marolinha’

Não adianta tentar argumentar com crianças pequenas quando elas se atiram ao chão, esperneiam e berram por não quererem ir a algum lugar ou fazer alguma coisa. Tenho 4 filhos (três meninas e um menino) e uma neta de sete anos. Bem sei como a lógica é inútil quando crianças querem impor seus desejos imediatos sobre a realidade. Para os infantes, o mundo tem que se adaptar aos seus desejos. Esse comportamento é da natureza humana, simplesmente, e é popularmente conhecido como pirraça.

Admite-se pirraça em crianças. Alguns, como eu, aprenderam a lidar pacientemente com um tipo de comportamento que afeta dez entre dez petizes, mas só quando quem assim atua é petiz; quando marmanjos fazem pirraça, o caso passa à esfera da psiquiatria.

A mídia faz pirraça com a crise. Enquanto os dados econômicos mostram, cada vez mais, que o tsunami que atingiu os Estados Unidos, a Europa e a Ásia chegou ao Brasil como mera “marolinha”, jornalões, revistões e todos os outros meios de comunicação premiados com sufixos superlativos tentam fazer o público crer que a crise vai nos pegar e que Lula não sabe o que diz.

A charge abaixo foi publicada hoje pela Folha de São Paulo. Reflete perfeitamente a discurseira irresponsável da mídia apesar da montanha de dados que vai se acumulando e mostrando que em outubro, mês em que a mídia se dedicou a dizer que estavam acontecendo “demissões”, “fuga de investimentos”, “paralisia econômica” etc, na verdade a economia bateu recordes, o desemprego recuou, os investimentos – inclusive os estrangeiros – cresceram, enfim, que a crise, aqui, está sendo, de fato, uma “marolinha”. Vejam que absurdo, que mentira:




Mas, de todos os dados positivos sobre a economia do país, dados que vêm sendo divulgados com enorme parcimônia pela mídia, um deles me pareceu que saiu quase sem querer da boca da imprensa golpista. Foi ontem no Jornal Nacional, no fim do terceiro bloco do programa, no espaço de alguns segundos. Reproduzo, abaixo, a locução textual da apresentadora Fátima Bernardes:

“As contas do governo melhoraram com a alta da moeda americana. Como o Brasil tem mais aplicações [reservas] em dólares do que dívidas [em dólar], a variação da moeda derrubou a relação entre a dívida pública e o produto interno bruto em outubro para 36,6%, o nível mais baixo em uma década [desde 1998, quando a quebra do Brasil fez a dívida se multiplicar]. Esse índice é o principal indicador da saúde das contas de um país; quanto menor ele for, melhor.”

Amigos meus daqui do blog e do meu círculo de relações pessoais têm me perguntado, pessoalmente, por telefone e por e-mail, se foi chute quando eu disse, já naquele momento em que as pessoas pensaram que teria explodido a crise, em 15 de setembro último, que o país seria pouco afetado. Agora revelo: não foi chute, foi lógica.

No início, espantei-me ao ver até setores da esquerda ceder à conversa fiada da mídia de que seriamos pegos de jeito pela crise. Sem perceber, esses setores se tornaram inocentes úteis ao concordarem com a conversa da mídia de que, se países tão importantes, governados por doutores, foram arrasados economicamente, não seria um país do Terceiro Mundo, governado por um ex-operário sem diploma universitário, que iria resistir.

Não sei se a falta de diploma ajuda ou atrapalha Lula, mas, ao dar a decisão final sobre as políticas públicas, ao escolher caminhos que lhe são colocados à frente pelos técnicos das diversas áreas, ao menos na economia o diploma universitário – ou a sua falta – não tem impedido o presidente de tomar as melhores decisões.

O dado sobre a relação dívida Vs. PIB é sumamente importante porque mostra a saúde financeira do país. E o melhor é que não foi conseguido com recessão, como sempre foi perseguido pelos antecessores de Lula. Foi conseguido em meio a forte crescimento. Enquanto a mídia gritava que era bobagem acumular tantas reservas, quem tinha informações sobre o que começava a acontecer no mundo rico tratou de pôr as barbas de molho como fez o governo Lula.

Não adianta, no entanto, argumentar muito. A crise internacional gerou uma espécie de fetiche no topo da nossa pirâmide social. É quase como se fosse chique entrar em crise junto com países que a direita brasileira sempre quis imitar. E, por pura pirraça, Folhas, Globos, Estados, Vejas e seu exército de zumbis teleguiados na sociedade civil não querem porque não querem aceitar a excelência da administração do Brasil nos últimos quase seis anos. São piores do que crianças pirracentas.

Fonte: http://edu.guim.blog.uol.com.br/

Há tempos venho pensando em adquirir um IPhone, meu sonho de consumo da Apple.
Dentre as opções disponíveis, todas salgadas, existe a possibilidade de compra um aparelho importado, desbloqueado "na marra", por cerca de R$ 2.500,00 ou aguardar que as operadoras tenham estoque para venda.
No primeiro caso, esse tipo de desbloqueio impede qualquer atualização de firmware futura, o que pode impedir o uso de futuras funcionabilidades. Entendo que não vale o investimento.
No segundo caso, o preço oscila em torno de R$ 2.000,00 e as operadoras devem parcelar o preço para o consumidor, ficando este, evidentemente, preso às franquias e demais "ias" tão comuns a esse ramo de negócio. Mas não existe, ainda, o aparelho em quantidade suficiente para atender a demanda, o que deve contribuir, às vezes, até para a alta do preço.
Aguardemos.

A chegada do notebook da Maria Alice

Sexta-feira passada, dia 21.11.08, compramos o notebook. Junto veio o roteador e placa adptadora usb wireless, para também colocar na rede outro desktop, para o Pedro.

Costumo brincar com colegas de trabalho que pode até faltar móveis na sala, mas a tecnologia está presente em minha casa.

10 novembro 2008

Sem querer beirar à pieguice, mas já beirando, tenho sempre de me policiar e lembrar como foi construída minha infância, minha adolescência e tudo aquilo que a vida me deu. Tenho sempre de lembrar disso porque entendo várias coisas que para mim são tão difíceis de entender.

Tenho uma lembrança distante, da noite que minha mãe estava no hospital para o nascimento de minha irmã e eu, meu pai e meu falecido irmão, Elvis, estávamos em casa. Me vem a lembrança do cheiro da comida queimando, de meu pai se esforçando para cozinhar alguma coisa, talvez o prato que chamávamos de "minéstra", ou qualquer outra coisa à base de feijão, visto que a lembrança é de feijão queimado. O lugar onde morávamos ficava no meio de uma enorme pastagem e o cheiro de estrume de gado também me vem à lembrança.
Hoje entendo que meu filho terá a lembrança de uma infância muito melhor. E entendo, também, que essas lembranças são coisas boas, que levaremos pro resto da vida.

A miséria com a qual conviví na minha infância deixou sequelas irremediáveis, é claro. Uma delas é ter de lembrar dela, de vez em quando, para não esquecer que há beleza na vida.

Quando eu lembro de você


Mesmo depois de tanto tempo,
Às vezes páro, ou fico lento,
Quando eu lembro de você.

E quando olho suas fotos sinto saudade
Do tempo que a gente brincava
No parque da cidade
E a cidade cresceu,
Nós crescemos também.
Já não corremos na estrada,
Já não choramos por nada
E já não somos mais crianças.

02 novembro 2008

Uma casinha para Sonic

Ontem, sábado, compramos uma casinha para o Sonic, com a intenção de levá-lo pra fora de casa e evitar que seu instinto destruidor de móveis e roedor de objetos páre de se manifestar com tanta intensidade.

Incrível como ele fica grunhindo quando o colocamos para fóra. Gerou rios de lágrimas na dona e comoção total do Pedro.
Algo precisa ser feito.
Ele terá de se acostumar na marra.

21 outubro 2008


Em homenagem ao sensato, imparcial, cordial e sempre bem humorado Sr. Alsena.

18 outubro 2008

Quebra pau total em Sampa e a Globo culpa todo mundo, governo federal, PM, polícia civil, menos o vampiro brasileiro Serra.

Até quando conviveremos como essa coisa?

Acredito que o país melhora a olhos vistos, mas certos cancros têm sua extirpação mais demorada que outros.

12 outubro 2008



Que bom seria se nossos artistas tivessem um pouco de coragem e colocassem sempre a imprensa no seu devido lugar, que é o de informar e se informar sobre o que realmente acontece.

"Desejo primeiro que você ame,
E que amando, também seja amado.
E que se não for, seja breve em esquecer.
E que esquecendo, não guarde mágoa.
Desejo, pois, que não seja assim,
Mas se for, saiba ser sem desesperar.

Desejo também que tenha amigos,
Que mesmo maus e inconseqüentes,
Sejam corajosos e fiéis,
E que pelo menos num deles
Você possa confiar sem duvidar.
E porque a vida é assim,
Desejo ainda que você tenha inimigos.
Nem muitos, nem poucos,
Mas na medida exata para que, algumas vezes,
Você se interpele a respeito
De suas próprias certezas.
E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,
Para que você não se sinta demasiado seguro.

Desejo depois que você seja útil,
Mas não insubstituível.
E que nos maus momentos,
Quando não restar mais nada,
Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.

Desejo ainda que você seja tolerante,
Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,
Mas com os que erram muito e irremediavelmente,
E que fazendo bom uso dessa tolerância,
Você sirva de exemplo aos outros.

Desejo que você, sendo jovem,
Não amadureça depressa demais,
E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer
E que sendo velho, não se dedique ao desespero.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e
É preciso deixar que eles escorram por entre nós.

Desejo por sinal que você seja triste,
Não o ano todo, mas apenas um dia.
Mas que nesse dia descubra
Que o riso diário é bom,
O riso habitual é insosso e o riso constante é insano.

Desejo que você descubra ,
Com o máximo de urgência,
Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,
Injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.

Desejo ainda que você afague um gato,
Alimente um cuco e ouça o joão-de-barro
Erguer triunfante o seu canto matinal
Porque, assim, você se sentirá bem por nada.

Desejo também que você plante uma semente,
Por mais minúscula que seja,
E acompanhe o seu crescimento,
Para que você saiba de quantas
Muitas vidas é feita uma árvore.

Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro,
Porque é preciso ser prático.
E que pelo menos uma vez por ano
Coloque um pouco dele
Na sua frente e diga "Isso é meu",
Só para que fique bem claro quem é o dono de quem.

Desejo também que nenhum de seus afetos morra,
Por ele e por você,
Mas que se morrer, você possa chorar
Sem se lamentar e sofrer sem se culpar.

Desejo por fim que você sendo homem,
Tenha uma boa mulher,
E que sendo mulher,
Tenha um bom homem
E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,
E quando estiverem exaustos e sorridentes,
Ainda haja amor para recomeçar.
E se tudo isso acontecer,
Não tenho mais nada a te desejar ".


Victor Hugo

10 outubro 2008

Cheguei à seguinte conclusão: Estou morrendo.

Quem sentirá saudades de mim?

Minha esposa?
Talvez.

Meu filho?
Acho que sim.

Mas é tudo assim, no achômetro.

Deixa só eu morrer que eu volto aqui e te conto.

09 outubro 2008

E segue a greve dos bancários, nesses dias nublados que Curitiba nos oferece.
Lembrei de minha família, lá em SC, deu vontade ligar mas acabei não ligando.

Será que anda tudo bem?

25 setembro 2008

Foi assim:
completou-se um ano da tua morte, meu irmão, e torço pra que Freud esteja certo a respeito do luto de parentes próximos.

Espero passar um dia, ao menos, sem lembrar-lhe. Não que queira esquecê-lo, mas é dificíl que a lembrança venha e não traga consigo a tristeza, a lembrança da perda.

Mas vou dizer-lhe adeus, vou despedir-me de você e pedir ao tempo que traga a serenidade e consciência de dever cumprido com o destino, com o passado e com o futuro.
Te prometo cuidar do Pedro, teu afilhado, e amar a todos que merecem o amor.

Adeus, cara, e obrigado por tudo, por todas as boas lembranças. Obrigado por ter sido uma das pessoas mais inteligentes que conheci, ter sido um companheiro leal e por ter me ajudado a entender melhor a vida e, agora, a morte.
Desculpe se, em vida, nunca soube te dizer o quanto você era importante pra mim. O quanto você era especial.
Me desculpe se eu não fui o irmão que você queria.

Adeus e fique com Deus.

24 setembro 2008

Às vezes temos que nos esconder para escrever. Nâo de nós mesmos, mas daquilo e daqueles que importunam nosso sossego e nossa intimidade, nossos segredos. Mas se vamos publicar o que escrevemos, para quê nos escondermos?

Vim pensando nisso hoje no trajeto até o trabalho, enquanto procurava o que escrever sobre o dia de hoje, onde se completa um ano da morte de meu irmão, às 18.30 hs. Tinha falado com ele por telefone às 10 hs da manhã daquela segunda-feira de setembro de 2007, depois de ter ficado com ele dias 19, 20 e 21, já que tinha viajado para lá  às pressas por causa do falecimento de um tio muito querido, Natalício (cheguei lá depois do velório, mas consolei minha tia e meus primos e tenho certeza que minha presença foi importante pra eles).

Naqueles três dias de setembro tomamos cerveja, conversamos sobre a infância e outros assuntos que nunca tínhamos conversado antes, como a morte dos nossos pais, a dificuldade que tiveram para nos dar educação e na luta que era para manter a família, enfim, assuntos que nos eram caros, talvez até porque sempre tivéssemos feito questão de esquecer aqueles assuntos.
Ele era padrinho de meu filho, por isso sempre perguntava por ele e expressava a alegria de tê-lo como afilhado. Estava feliz, tinham comprado um computador e aguardava a chegada da internet em casa, o que abriria novos horizontes. Lembro que levei pra ele uma placa de vídeo e um reprodutor de cd que eu não estava usando mais, os quais ele guardou. Visitamos uma loja de informática na cidade e lá perguntei o preços de algumas peças de informática que ele precisaria comprar caso decidisse montar uma máquina melhor. Falamos muito sobre internet, no quanto teríamos coisas para compartilhar e como seria fácil o contato via Msn, e-mail, etc.
       
Enquanto ele preparava o almoço para as crianças( cozinhava muito bem), nós dávamos risadas ouvindo Massacration, banda que eu já conhecia mas que nunca tinha dado muita atenção, comentando as letras das músicas que misturava um inglês "macarrônico" com português. No almoço daqueles dias ele sempre preparou arroz, feijão, ovos e batata frita, que sabia que eu adorava. Era interessante vê-lo cuidando das crianças para irem à aula, ver como meus dois sobrinhos lhe obedeciam, às vezes mais do que à minha irmã, mãe deles.
Não acredito em pressentimento, clarividências e coisas parecidas, mas naqueles três dias que fiquei com ele sentí uma paz de espírito, uma alegria em perceber que a morte do meu tio não era o fim de nada e sim o complemento de coisas que a vida nos trouxe. Ficou claro naqueles dias que a morte trouxe descanso a meu tio, que sofria muito por conta de problemas pulmonares  (vivia à base de oxigênio).

E meu irmão estava feliz. Eu estava feliz.

Quando chegou a sexta-feira eu, já com saudades de casa, resolvi voltar. Ele insistiu para que eu ficasse e retornasse no domingo à noite. Se pudesse voltar atrás, teria ficado.
Nunca esqueço a frase que ele me falou quando eu entrei no ônibus :"De vez em quando me dá uma ligadinha".
Depois o meu sobrinho Murilo, que nos acompanhou até a rodoviária, me contaria que ele chorou depois de minha partida.

22 setembro 2008

A chegada da tv, em nossas vidas.

Era 1978, época da Copa do Mundo, e meu pai fez um negócio com um conhecido da cidade e trouxe pra casa uma tv preto e branco. Foi incrível como aquele aparelho me fascinou, a ponto de ficar em frente a ele todo o tempo que me era possível. Era uma Telefunken, daquelas que não existem mais. Eu tinha oito anos.
Tá certo que era difícil sintonizar algum canal, talvez por causa da precariedade da antena ou porque na época era assim mesmo, mas foi nesse tempo que assistí pela primeira vez, em minha casa, desenhos animados e programas de inglês(letras de música em inglês) do Fisk.

Lembro de um gol do Nelinho, na copa da Argentina, que ele dá um chute com um incrível efeito de trivela e a bola beija as redes. Era o máximo.

Não lembro como meu irmão vivenciou essa época. Ele tinha de seis pra sete anos. Talvez ainda hoje não lembrasse de muita coisa.

21 setembro 2008

Alguns momentos ficam para sempre na memória.
Dias atrás comentava com um colega de trabalho que certas músicas marcaram momentos que hoje, ao ouví-las, me fazem retornar no tempo. Tanto momentos alegres como tristes, tanto faz, a música que tocava naquele instante ressuscita aquele momento.

Talvez tenha sido bom que naquela segunda-feira, dia 24 de setembro de 2007, eu não estivesse ouvindo nenhuma música.
Mas lembro cada detalhe daquela noite, quando em torno das 8 da noite, me ligou a Célia, amiga de minha irmã, lá de Urussanga:
-Você está sentado? - perguntou-me ela.
Naquela fração de segundo, passou-me pela cabeça que minha tia Alvacy tinha morrido, visto a morte do tio Natalício na semana anterior, quando lá estive para o velório, e ela estava bem abalada.

Ela me disse, do outro lado da linha:
-O Bébe morreu.

Bébe era apelido do meu irmão.

Minha reação foi dizer-lhe " não faça brincadeira com uma coisa dessas, Célia"...
Aí ela me disse que ele teve um infarto fulminante enquanto ia até a locadora devolver uns filmes, às seis e meia da tarde daquele dia.
Triste ter ouvido de minha irmã, dias depois, que ele esperou me ver para morrer, visto que só falava de mim o tempo todo, como era bacana a minha casa que ele ajudou a montar, etc...

Não sei se é somente tristeza o que sinto, agora, um ano depois.
Mas Freud definiu que a gente demora um ano para se recuperar da perda de parentes próximos, como pais e irmãos.

Tomara que ele esteja certo.

18 setembro 2008

A minha mãe e o meu irmão

Minha mãe sempre dizia que o meu irmão tinha alguma coisa nos rins, que o levava a ter dores e que não era desculpa dele quando, em alguma atividade(como capinar o quintal) ele se queixava de dores e interrompia a tarefa. Eu ficava puto, pois tinha que terminar o quintal sozinho enquanto o "malandro" ia pra baixo das asas da mãe e eu ficava me fudendo capinando o quintal.
Mas talvez fosse verdade, talvez ele realmente sentisse alguma dor. Hoje acredito que era verdade dele.

O sorriso de minha mãe, com certeza, é o sorriso ideal, aquele que acho lindo nas pessoas, às vezes sem saber porquê. Lembro, particularmente, quando acordava para ir à escola e reclamava, eu, de não ter roupa, de ter de usar sempre a mesma calça e camisa. As explicações um tanto "filosóficas" dela não me convenciam e não amainavam minha raiva infanto-juvenil, mas seu sorriso me trazia um sentimento que na época eu não sabia o que era.
Era amor, era esperança, era minha mãe.

E meu irmão também cresceu nesse ambiente.
Não deu tempo de, com os cabelos embranquecendo, perguntar-lhe o que ele sentia.

Sobre sentimentos, sempre fomos arredios.
Talvez porque não tínhamos muitas lembranças boas da infância pra contar...

17 setembro 2008

A insustentável leveza do ser

Dia 24 próximo fará um ano que o meu irmão morreu.
É incrível como lembro dele todos os dias, numa paisagem, numa música, numa frase que alguém pronuncia que traz junto uma palavra que o lembra, não sei porquê.

Tivemos uma infância muito pobre, daquelas que os pais lutaram para ter o que colocar no prato: começamos a trabalhar muito cedo, ajudando o pai nos "bicos" que ele fazia de pedreiro, carpinteiro, lenhador e etc, etc, etc. Minha mãe era benzedeira e, através de suas benzidas, arrecadava um troco que nos ajudava a sobreviver. Meu pai, analfabeto que sabia assinar o próprio nome, portanto não fazia parte da estatística dos analfabetos, pulava de emprego em emprego, nos seus eternos "bicos".

Minha irmã, meu irmão e eu crescemos lutando pela sobrevivência, é minha conclusão. Natais com presentes baratos(raramente o que pedíamos ao Papai Noel nos era entregue), aniversários sem bolo e presentes, roupas às vezes que minha mãe ganhava de suas "clientes" de benzedura...

Mas aqui estou.

Meu irmão não. Queria que ele estivesse aqui.

14 setembro 2008

Cheguei em casa e fui tomar uma ducha, que ficava do lado externo da casa. Nisso o vizinho, conhecido como Negão, da janela de sua casa me falou que " o seu cachorro, o Sonic, escapou de casa e fugiu". Foi parar numa casa abandonada das redondezas e ele, o Negão, tinha ido atrás mas o cachorro estava muito hostil, não permitia sequer aproximação.
Terminei a ducha e lembrei que o chuveiro, que ficava muito alto, depois de fechado continuava pingando, tendo que ser apertado manualmente para que parasse de cair água. Pedi ao Negão, que era mais alto que eu, se ele não apertaria o chuveiro para mim. Ele pulou o muro e veio até onde estava instalada a ducha. Quando fui pegar uma escada para auxiliá-lo a alcançar o chuveiro, vi-o, de pé, da altura de onde saia a água. O chuveiro havia ficado mais baixo ou o Negão era mais alto que eu imaginava?
Dalí a alguns instantes já estávamos, eu, minha esposa e meu filho, atrás do cachorro que havia fugido. Sonic era o xodó de meu filho, companheiros inseparáveis. Encontramos o animal numa casa em construção, com pedaços de tijolos e madeira por todo lado. Sonic estava numa sala semi construída e, ao ouvir a voz de meu filho, veio correndo. Estava raivoso, e após breve contato voltou correndo para seu isolamento. Enquanto minha esposa e meu filho se retiravam para buscar algo que chamasse a atenção de Sonic (comida, talvez), este veio correndo ao meu encontro, eu esperando dele a lambida no rosto que lhe era tão característica. Mas para minha surpresa e pavor, o cachorro tentava me morder no pescoço, com incrível força e voracidade, que a luta para mim passou a ser a da sobrevivência. Asfixei-o, e minha esposa e filho voltaram no momento em que ele dava os últimos suspiros.
Não sei porque, mas não houve muita consternação.
De repente o corpo do cão diminiu de tamanho, foi enrolado num guardanapo e minha esposa jogou o cadáver num bueiro.

Como podem ser estranhos os sonhos, não é?

13 setembro 2008

Lembranças do meu irmão:


-Não tem nada aí pra gente "molhar a palavra"? - perguntou-me Elvis, depois de uma rodada da Copa do Mundo de 2006. Respondi-lhe que tinha um genérico de Amarula, sob a pia.
Ele levantou-se e dalí a pouco estava com dois copos cheio daquela bebida marrom e adocicada.
Por mais que tenhamos tentado, sobrou muita bebida na garrafa. Era muito doce e o sabor não convencia.

Não lembro se demoramos muito pra desistir da "empreitada"...

05 setembro 2008

E às vezes voltamos, simplesmente porque temos que voltar...

01 setembro 2008

Às vezes, mesmo no erro, devemos procurar a saída para nosso ser.
Somos quem podemos ser.

24 agosto 2008

Às vezes , precisamos terminar algo pra começar outras coisas....

16 agosto 2008

De vez em quando, lembramos...
Lembramos da infância, daqueles amigos que não vemos mais faz tempo, lembramos...
E percebemos o quanto a vida é maravilhosa...

05 agosto 2008



The straight story(História Real), do David Lynch: que filme é esse?

Pensei em mais uma das loucuras do Lynch, mas o filme é de um lirismo comovente e completamente "real", sem os delírios que caracterizam a obra do diretor.

O filme é de 99 e o ator principal morreu em outubro de 2000, aos 80 anos. A música que toca quando as paisagens são mostradas é poética, linda.
Nos faz pensar no orgulho, que destroi tantas coisas belas.

O filme conta a viagem de um irmão que vai de encontro ao outro, com quem não falava há dez anos.

Lindo.

20 julho 2008

22 Filmes com Finais Surpreendentes

  1. Seven - Os Sete Pecados Capitais
  2. O Sexto Sentido
  3. Clube da Luta
  4. As Diabólicas
  5. Amnésia
  6. Psicose
  7. Os Suspeitos
  8. O Planeta dos Macacos (1968)
  9. Identidade
  10. O Grande Truque
  11. Vidas em Jogo
  12. Por um Fio
  13. Donnie Darko
  14. No Mundo de 2020
  15. Cidade dos Sonhos
  16. Star Wars: Episódio V - O Império Contra Ataca
  17. Oldboy
  18. Kill Bill, Vol I
  19. Os 12 Macacos
  20. Senhores do Crime
  21. Os Outros
  22. Coração Satânico

fonte: (Entertainment Weekly) / thanks

Achei aqui

11 julho 2008

A paz é inútil para nós
(Paulo Miklos)

As vitrines estão sempre acesas

A paz é feita de pequenos crimes
E de muros cada vez mais altos
Aguardando grandes assaltos

Vigiados todos nós estamos calmos

Não podemos ler as placas e os out-doors
Não teremos filhos, netos
Não tivemos pais e avós

A paz é inútil para nós
A paz é o que não podemos ter
Que a paz esteja com você

A paz com todas as forças
Prá deixar tudo como está
Na TV, na vitrine, no cartaz
Não se deve perturbar a paz

Fique em paz!

Ao som dos alarmes
Homens e mulheres armados
Cães e crianças brincando com armas
A paz com todas as forças

Fique em paz
A paz é inútil para nós
Fique em paz
Que a paz esteja com você

A paz está por trás de doces palavras
E lenços brancos e buquês de flores
Pairando no ar sobre o mar
Num amanhecer em algum lugar
É dia das crianças, reveillon, natal
Dia de graças, das mães, dia de sol

A paz é inútil para nós
A paz é o que não podemos ter
Que a paz esteja com você

Fique em paz!
A paz é inútil para nós
Fique em paz!
A paz é o que não podemos ter
Fique em paz!
Há paz onde não podemos ir
Fique em paz!
A paz é inútil para nós
A paz é o que não podemos ter
Que a paz esteja com você
Fique em paz!

07 julho 2008

Todos esses aí que estão
Atravacando o meu caminho.
Eles passarão...
Eu passarinho!

Mário Quintana

05 julho 2008

The Doors - WHEN THE MUSIC'S OVER

Quando a música termina
Quando a música termina
Quando a música termina
Desligue as luzes
Desligue as luzes
Desligue as luzes

A música é sua amiga especial
Dance no fogo como você pretende
A música é a sua única amiga
Até o final
Até o final
Até o final

Cancela a minha assinatura para a ressurreição
Mande minhas credenciais para a Casa da Detenção
Eu tenho alguns amigos lá

O rosto no espelho não vai parar
A garota na janela não vai cair
Uma festa de amigos
"Vivo!" ela gritou
Esperando por mim
Lá fora!


Antes que eu mergulhe
No grande sono
Eu quero ouvir
Eu quero ouvir
O grito da borboleta


Volte, querida
Volte para os meus braços
Nós estamos ficando cansados de sair por aí
Esperando por aí com as nossas cabeças no chão


Eu ouço uma canção bem legal
Muito perto muito longe
Muito confortável, muito limpo
Venha hoje, venha hoje


O que eles fizeram com a Terra?
O que eles fizeram com nossa irmã honesta?
Destruiram, roubaram, estriparam-na e deram mordidas
Enfiaram nela navalhas ao amanhecer
E amarraram-na com cercas e arrastaram-na para baixo

Eu ouço uma canção bem legal
Com sua orelha encostada no chão
Nós queremos o mundo e nós queremos isso...
Nós queremos o mundo e nós queremos isso
Agora
Agora?
Agora!


Noite persa, querida
Veja a luz, querida
Nos salve!
Jesus!
Nos salve!


Então quando a música termina
Então quando a música termina, sim
Então quando a música termina
Desligue as luzes
Desligue as luzes
Desligue as luzes


Bem, a música é sua amiga especial
Dance no fogo como pretender
A música é sua única amiga
Até o fim
Até o fim
Até o fim...

03 julho 2008

Beto Richa se (re)elegerá no primeiro turno?
Fico pensando qual candidato poderia desbancá-lo...

A Gleise?

29 junho 2008

Sonho que se sonha só é só um sonho,
mas sonho que se sonha junto é realidade.

08 junho 2008

A chegada de Sonic

Ontem saímos os três com o propósito de achar (ou não) lugar para fazer a festa de oitavo aniversário do Pedro, meu filho. Entre idas e vindas, resolvemos visitar uma loja para ver os filhotes de cachorro que estavam à venda, visto que prometí ao Pedro um cachorro de presente de aniversário.
Ao estacionarmos, percebemos grande movimento num estacionamento frente à loja. Descobrimos que se tratava de um grupo de pessoas que estava doando cães. Chegamos e o Pedro já queria que eu ficasse com o primeiro que viu. Pedi-lhe calma e analisamos os outros e foi aí que o Sonic, um Fox Paulistinha genérico, entrou em nossa vida. Genérico porque, segundo a dona, a mãe tem pedigree, mas foi "estuprada" por um cão de raça desconhecida, daí o motivo da doação.

Preenchemos os papéis da "adoção" e hoje nossa casa conta com novo habitante, para alegria do Pedro e preocupação de seus pais, que até a adaptação e crescimento do cãozinho, terão que ficar enxugando xixi e limpando cocô pela casa.

Boas vindas ao Sonic.

29 maio 2008

Tradução da letra do Queensrych, Silent Lucidity

Lucidez Silenciosa

Silêncio agora, não chore,
enxugue a lágrima do seu olho.
Você está deitado a salvo na cama,
foi tudo um sonho ruim
rodando em sua cabeça.
Sua mente te enganou para sentir o sofrimento
de alguém próximo a você abandonando do jogo da vida.
Então aqui está, outra chance:
Totalmente desperto, você encara o dia...
Seu sonho terminou ou ele apenas começou?

Existe um lugar onde eu gosto de me esconder,
uma porta em que eu adentro à noite.
Relaxe criança, você estava lá
mas apenas não percebeu e ficou assustado.
É um lugar onde você aprenderá
a encarar seus medos, reconstituir os anos
e dominar os caprichos de sua mente,
governando num outro mundo.
Repentinamente você ouve e percebe
esta nova dimensão mágica.

Eu estarei cuidando de você,
eu vou te ajudar até o fim.
Eu te protegerei na noite,
estou sorrindo próximo a você, numa lucidez silenciosa.

[Visualize seu sonho]
[Grave-o no tempo presente]
[Coloque-o dentro de uma forma permanente]
[Se você persistir em seus esforços]
[Você pode conseguir o controle do sonho]
[Controle do sonho]
[Como ficou então, melhorou?]
[Me abrace]

Se você abrir sua mente para mim,
você não dependerá de olhos abertos para perceber [que]
os muros que você construiu por dentro
estão desmoronando e um novo mundo começará
a viver duplamente logo que você aprenda.
Você está a salvo da dor no domínio do sonho,
uma alma livre para voar.
Uma viagem de ida e volta dentro da sua cabeça,
Mestre da ilusão, você consegue imaginar?
Seu sonho está vivo, você pode ser o guia mas

Eu estarei cuidando de você,
eu vou te ajudar até o fim.
Eu te protegerei na noite,
Estou sorrindo próximo a você.

27 maio 2008


Fonte: clique aqui

08 maio 2008

Muito bom o texto abaixo.
Do blog do Luiz AlphaPlus

TELEMARKETING: Hora da Vingança


Quem gosta das ligações de Telemarketing, que nos contactam todos os dias?

Chegou a hora da vingança.

Recebi de uma amigo. Não sei quem é o autor, mas ele foi muito criativo. Criativo porque copiou o jeito que as operadoras de Telemarketing falam. Criativo porque sugere usar de sua própria arma.

Coitadas das operadoras. Se todos nós fizéssemos isso, ninguém mais aceitaria esses sub-empregos de Telemarketeiro.

Leia e ria.

==============================

Toca o telefone...
- Alô.
- Alô, poderia falar com o responsável pela linha?
- Pois não, pode ser comigo mesmo.
- Quem fala, por favor?
- Edson.
- Sr. Edson, aqui é da Telefônica, estamos ligando para oferecer a promoção Telefônica linha adicional, onde o Sr. Tem direito...
- Desculpe interromper, mas quem está falando?
- Aqui é Rosicleide Judite, da Telefônica, e estamos ligando...
- Rosicleide, me desculpe, mas para nossa segurança, gostaria de conferir alguns dados antes de continuar a conversa, pode ser?
- ... Bem, pode.
- De que telefone você fala? Minha bina não identificou.
- 103
- Você trabalha em que área, na Telefônica?
- Telemarketing Pró Ativo.
- Você tem número de matrícula na Telefônica?
- Senhor, desculpe, mas não creio que essa informação seja necessária.
- Então terei que desligar, pois não posso ter segurança que falo com uma funcionária da telefônica.
- Mas posso garantir...
- Além do mais, sempre sou obrigado a fornecer meus dados a uma legião de atendentes sempre que tento falar com a Telefônica.
- Ok.... Minha matrícula é 34591212
- Só um momento enquanto verifico.
(Dois minutos)
- Só mais um momento.
(Cinco minutos)
- Senhor?
- Só mais um momento, por favor, nossos sistemas estão lentos hoje.
- Mas senhor...
- Pronto, Rosicleide, obrigado por haver aguardado. Qual o assunto?
- Aqui é da Telefônica, estamos ligando para oferecer a promoção linha adicional, onde o Sr. Tem direito a uma linha adicional. O senhor está interessado, Sr. Edson?
- Rosicleide, vou ter que transferir você para a minha esposa, por que é ela quem decide sobre alteração e aquisição de planos de telefones. Por favor, não desligue, pois essa ligação é muito importante para mim.
(Coloco o telefone em frente ao aparelho de som, deixo a música 'Festa No Apê' do Latino tocando no Repeat - eu sabia que um dia essa droga iria servir para alguma coisa! -; depois de tocar toda a música, minha mulher atende):
- Obrigado por ter aguardado.... Pode me dizer seu telefone pois meu bina não identificou..
- 103
- Com quem estou falando, por favor.
- Rosicleide
- Rosicleide de que?
- Rosicleide Judite (já demonstrando certa irritação na voz)
- Qual sua identificação na empresa..
- 34591212 (mais irritada ainda!)
- Obrigada pelas suas informações, em que posso ajudá-la?
- Aqui é da Telefônica, estamos ligando para oferecer a promoção linha adicional, onde a Sra. tem direito a uma linha adicional. A senhora está Interessada?
- Vou abrir um chamado e em alguns dias entraremos em contato para dar um parecer, pode anotar o protocolo por favor... alô, alô!
- TUTUTUTUTU...
- Desligou.... Nossa, que moça impaciente!

O caso Nardoni

A espetacularização da mídia em cima do caso Nardoni ( o casal acusado de assassinar a própria filha/enteada) chega a ser irritante para as pessoas de bom senso.
Não precisa ser criminalista, basta ter lido algum livro da Agatha Christie, Edgar Wallace, George Simenon ou Conan Doyle para perceber que existem várias falhas na apuração feita pela perícia policial.

Tenho sérias dúvidas sobre a culpabilidade do casal. Em alguns momentos chego até a torcer que eles sejam os assassinos, porque me parece que já foram considerados culpados por esta corja chamada imprensa.

Imagino como andará o íntimo do casal, caso sejam inocentes.

29 abril 2008

(28/04/2008 13:26)

Os leitores deste blogue sabem que sou contra a alteração da Constituição para que o presidente Lula possa disputar um terceiro mandato. Mas apesar de dividido, o país já começa a dar sinais de que gostaria de ver Lula na cédula em 2010. Este blogueiro não faz parte dessa maioria. Mas registra-a, até porque se fosse com FHC a mídia já diria que democracia é isso, respeitar a vontade da maioria. Eu acho que democracia é também respeitar as regras do jogo.

Além do aumento da popularidade de Lula e do seu governo, a última pesquisa CNT-Sensus começa a mostrar que a candidatura Dilma pode vir a se firmar neste ano. Leiam com atenção e vejam algumas contas que fiz especialmente para que possa comparar melhor os cenários de fevereiro e o atual. Dilma cresceu em todos os levantamentos onde é citada como candidata. Seus adversários caíram. Num eventual segundo turno com Serra, ela diminuiu a vantagem para o governador em quase 10 pontos desde fevereiro.

Avaliação do Governo A avaliação positiva do Governo Luís Inácio Lula da Silva situa-se em 57,5%, e a avaliação negativa em 11,3%. Ou seja, o que não é positivo nem negativo é regular. E o que é regular não é negativo como alguns podem querer mostrar nas notícias que estão sendo divulgadas. Se o regular fosse dividido ao meio, a aprovação a Lula seria de aproximadamente 75%.

Em fevereiro de 2008, a avaliação positiva do Governo Lula situava-se em 52,7% e a avaliação negativa em 13,7%. Ou seja, houve um aumento de aproximadamente 10% na aprovação desde fevereiro e uma queda de uns 15% na reprovação.

A aprovação do desempenho pessoal do presidente Lula situa-se em 69,3% e a desaprovação em 26,1%. Em fevereiro de 2008, a aprovação do desempenho pessoal de Lula situava-se em 66,8% e a desaprovação em 28,6%.

Eleições 2010 – 1º TURNO A Pesquisa CNT/Sensus pesquisou a tendência do eleitorado brasileiro para a eleição presidencial de 2010, em primeiro turno, tanto em votação espontânea, quanto estimulada.

Em votação espontânea foram obtidos os seguintes dados: Lula, 29,4%; José Serra, 5,0%; Aécio Neves, 2,9%; Geraldo Alckmin, 2,4%; Heloísa Helena, 1,7%; Ciro Gomes 1,5%; 54,1% declararam não ter candidato.

Em listas estimuladas, os resultados foram os seguintes:

Primeira lista: José Serra, 36,4%; Ciro Gomes, 16,9%; Heloísa Helena, 11,7%; Dilma Rousseff, 6,2; 29,0% declaram não ter candidato. Os números de fevereiro de 2008 eram 38,2%, 18,5%, 12,8%, 4,5% e 26,1% respectivamente. Nesta lista, a única candidatura que cresceu na pesquisa estimulada foi a de Dilma Roussef.

Segunda lista: Ciro Gomes, 23,5%; Heloísa Helena, 17,5%; Aécio Neves, 16,4%; Dilma Rousseff, 7,0%; 35,7% declararam não ter candidato. Os números em fevereiro de 2008 eram 25,8%, 19,1%, 16,6%, 5,4% e 33,3% respectivamente. Repete-se o fenômeno, a única candidatura que cresceu foi a de Dilma Roussef.

Terceira lista: José Serra, 34,2%; Ciro Gomes, 17,8%; Heloísa Helena, 14,1%; Patrus Ananias, 3,8%; 30,2% declaram não ter candidato. Os números em fevereiro de 2008 eram 37,5%, 19,6%, 13,9%, 3,4% e 25,8% respectivamente. O único candidato a crescer foi Patrus Ananias.

Quarta lista: Ciro Gomes, 23,2%; Geraldo Alckmin, 17,2%; Heloísa Helena, 16,3%; Dilma Rousseff, 7,6%; 35,9% declaram não ter candidato.

Eleições 2010 – 2º TURNO A CNT-Sensus perguntou sobre a tendência do eleitorado para um eventual segundo turno nas eleições presidenciais de 2010.

Na primeira opção: José Serra, 53,2%; Dilma Rousseff, 13,6%; com 33,3% declarando não ter candidato. Os números em fevereiro de 2008 eram 57,9%, 9,2% e 33,0%, respectivamente. A diferença entre Serra e Dilma, ainda imensa no segundo turno, diminuiu 9,1% desde fevereiro.

Na segunda opção: Aécio Neves, 32,1%; Dilma Rousseff, 18,3%; com 49,6% sem candidato. Os números em fevereiro de 2008 eram 36,9%, 14,5% e 48,7%, respectivamente. A diferença entre Aécio e Dilma diminuiu 7,7%.

Reeleição Sobre uma eventual alteração na Constituição para permitir uma nova candidatura do presidente Lula já em 2010, 50,4% afirmam ser a favor e 45,4%, contra.

Diante de uma eventual possibilidade de reeleição para terceiro mandato, 51,1% votariam em Lula, 35,7% votariam em José Serra e 13,3% se declararam sem candidato.

Do blog do Rovai

Caso Isabella: O que não se investiga

Quem vaza tudo - depoimentos, laudos, investigações - para o Jornal Nacional?

Quem é o delegado Bruno do caso Isabella, qual seu interesse no caso?

Por que as demais emissoras não reclamam do tratamento preferencial da polícia à Rede Globo?

Questionamentos pertinentes do Mello

26 abril 2008

Esquecí de dizer: se tú encontrar o Jorginho, engatinhando por aí, dê aquele abraço nele. Ele sabe o quanto lhe devoto de amor. Diga pra ele que aquele olhar, antes de ir pra mesa de cirurgia, onde tentariam salvá-lo, nunca me sairá da cabeça.

25 abril 2008

Ah, cara, talvez você nem lembre mas um dia, lá pelos idos de 77 ou 78, o pai chegou em casa com uma arma (dizia ele que era um "38"), e a mãe fez o maior escarcéu, porque que ele precisava da arma, o que ia fazer com ela, etc...
O tempo passa e a gente um dia, pelo menos por uma fração de segundo, começa a pensar o quão bom seria ter uma arma pra fazer não sei o quê.

Mas tenho certeza que você me diria que isso tudo é bobagem.

17 abril 2008

Cara, tú não vai acreditar.
Conseguí um dvd de Ps2 (Pinball - Hall of fame) com várias mesas de pinball, tem até uma do Black Knight(Cavaleiro Negro, "eu sou o cavaleiro negro, à procura de um desafio"), lembra? Nós jogávamos naquela lanchonete de M. Fumaça quando crianças...
Tem também outras mesas bacanas, com várias dificuldades e um desafio onde, para mudar de fase, tem de se atingir um mínimo de pontuação. Os gráficos são bons, vale a pena o jogo.

15 abril 2008

Para mim está claro a revolução na informação que a internet está causando.
O "dossiê" dos gastos dos cartões de fhc foi uma farsa desmascarada pelo blogueiro noblat, notário admirador da tchurma que sucateou o país no governo tucano. O porquê dele ter feito isso, já já saberemos, a própria blogosfera tratará de esclarecer, é inevitável.

O Luiz Carlos Azenha faz um trabalho, através de seu blog, digno dos maiores jornalistas do mundo, ao checar as informações e se alimentar das opiniões de seu próprio público, que é imenso. Ele furou os jornais brasileiros que diziam que o Chaves ia ganhar o plebiscito de sua re-reeleição, divulgando antes(horas antes, por estar na Venezuela) que a maioria dos venezuelanos votariam contra a proposta.

O Nassif é o Nassif, quem entende um pouco de jornalismo sabe o respeito que ele merece. O seu trabalho, divulgando as entranhas da veja e seu jornalismo de esgoto, fez com que todos aqueles que são cidadãos de bem percebessem de imediato o porquê da veja ter divulgado aquilo que o álvaro dias não sabe quem lhe repassou e nem se era verdade.(Obrigado veja, você ajudou a nos livrar do álvaro dias).

O Mino Carta encerrou seu blog no ig tão logo demitiram, de forma
arbitrária e truculenta, o Paulo Henrique Amorim - este último está há tempos detalhando, entregando de bandeja para a opinião pública como funcionou a privataria das telecomunicações no Brasil.

Vou esquecer outros, não tem jeito, a gente sempre acaba esquecendo alguém.

Mas a existência de pessoas como essas me dão o alento necessário para acreditar que nem tudo está perdido, que ainda existem pessoas que são jornalistas mesmo, que apuram a realidade dos fatos, e não pau- mandados dos barões da mídia, que sempre governaram o país com seus editoriais inflamados - o contra ou a favor dependia dos agrados do governo .

Nos eua, na França, na Holanda, Inglaterra e outros países desenvolvidos, os órgãos de imprensa deixam claro ao seu público qual partido e posição política apoiam, não consideram isso uma vergonha ou afronta, muito pelo contrário. Na maioria dos casos fazem oposição de forma civilizada, objetivando o bem comum que é o engrandecimento de seu país.
No Brasil é essa nojeira: os grandes jornalões e a maior rede de televisão do país não dizem aquilo que fazem, se dizem isentas, a bem da democracia. Fazem o que funcionou antes e hoje, graças à democratização da informação no país, não funciona mais: contam com a ingnorância do seu público, acreditando que sua lábia e português empolado nos levarão a acreditar que eles estão certos, quando dizem(só pra citar alguns exemplos) que a Venezuela é uma ditadura, que a colômbia pode invadir outro país e assassinar pessoas dentro de suas fronteiras, que o país vai de mal a pior, beirando um colapso, que as crises externas vão derrubar nossa economia e voltará a inflação, que quando se fala em classificar a programação por faixa etária é censura mas quando se censura e se impede um governador de criticar os meios de comunicação numa rede pública é democracia, etc,etc,etc.

05 abril 2008

O tempo passa...


...e eu continuo ouvindo e "descobrindo" músicas do melhor power trio que esse planeta tem e já teve: Rush.
Agora, por exemplo, ouvi e achei linda a música Heresy, do Roll the Bones, álbum que faz parte de uma fase da banda que nunca ouví bem, por achar que não gostava( nessa fase o teclado preponderava e as músicas eram mais lineares).

A tradução da letra é esta:

Heresia

Tudo neste mundo sem sentido
De Moscou até Berlim
As pessoas se aglomeram nas barricadas
E os muros vão tombando

A contra-revolução
Pessoas sorrindo através das lágrimas
Quem pode dar a elas as suas vidas de volta
E todos estes anos desperdiçados?
Todos estes preciosos anos desperdiçados
Quem irá pagar?

Tudo neste mundo sem sentido
De ideologia
As pessoas de aglomeram nos mercados
E compram sonhos

A contra-revolução
E o caixa das lojas
As pessoas compram as coisas que elas querem
E emprestam por um pouco mais
Todos estes anos desperdiçados
Todos estes preciosos anos desperdiçados
Que irá pagar?

Nos temos que perdoar afinal?
O que mais podemos fazer?
Nos temos que dar adeus ao passado?
Sim, eu acho que devemos

Tudo neste mundo imenso
Toda a merda que temos que passar
Bombas e abrigos anti-nucleares
E as nossas vidas em jogo

A revolução sangrenta
Todos os líderes no seu rastro
Todo o medo e sofrimento
Tudo um grande erro
Todos estes anos desperdiçados
Todos estes preciosos anos desperdiçados
Quem irá pagar?

03 abril 2008

O Analfabeto Político

(Bertold Brecht)

O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.

O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.

30 março 2008

O cheiro de Curitiba

Tenho andado pela cidade nestes últimos dias e um coisa vem me chamando cada vez mais a atenção: o cheiro de esgoto que se sente por quase toda a região central.

Será que não há algo a ser feito? As pessoas que moram no centro convivem com isso numa boa?

24 março 2008

Abaixo segue o link do vídeo de um italiano que se fez passar pelo Nicolas Cage e teve seus minutos de glória com o pessoal do Real Madrid.
Dica do Gurgel lá no Cocada Boa

http://www.youtube.com/watch?v=M5xgU0cqYL8

10 março 2008

A Paz É Inútil Para Nós

Paulo Miklos

Composição: Paulo Miklos

As vitrines estão sempre acesas
A paz é feita de pequenos crimes
E de muros cada vez mais altos
Aguardando grandes assaltos

Vigiados todos nós estamos calmos


Não podemos ler as placas e os out-doors
Não teremos filhos, netos
Não tivemos pais e avós

A paz é inútil para nós
A paz é o que não podemos ter
Que a paz esteja com você

A paz com todas as forças
Prá deixar tudo como está
Na TV, na vitrine, no cartaz
Não se deve perturbar a paz

Fique em paz!

Ao som dos alarmes
Homens e mulheres armados
Cães e crianças brincando com armas
A paz com todas as forças

Fique em paz
A paz é inútil para nós
Fique em paz
Que a paz esteja com você

A paz está por trás de doces palavras
E lenços brancos e buquês de flores
Pairando no ar sobre o mar
Num amanhecer em algum lugar
É dia das crianças, reveillon, natal
Dia de graças, das mães, dia de sol

A paz é inútil para nós
A paz é o que não podemos ter
Que a paz esteja com você

Fique em paz!
A paz é inútil para nós
Fique em paz!
A paz é o que não podemos ter
Fique em paz!
Há paz onde não podemos ir
Fique em paz!
A paz é inútil para nós
A paz é o que não podemos ter
Que a paz esteja com você
Fique em paz!

03 março 2008

Silêncio cúmplice da ‘grande imprensa’ cerca dossiê Veja de Nassif

Hoje, Luis Nassif prossegue com seu dossiê Veja com a publicação de mais um capítulo, A imprensa e o estilo Dantas. É a mais importante série sobre os bastidores de um grande veículo de nossa mídia: a mais vendida (e bota vendida nisso) revista brasileira. O dossiê vem sendo revelado aos pouco, há mais de um mês. No entanto, nenhum, grifo nenhum dos jornalões ou das revistas concorrentes de Veja deu uma linha sequer sobre o dossiê.

Por que será? Será que a mídia não se interessa por assuntos da mídia?

Não parece ser isso. Hoje, O Globo publica uma reportagem mostrando que o bispo Macedo pede a seus fiéis que comprem o jornal da Universal (Folha Universal) aos lotes. Toca no assunto como se houvesse alguma irregularidade nisso. O bispo apenas está exortando seus fiéis a comprarem o jornal da Igreja em que acreditam. Qual o problema? Cada um aumenta sua tiragem como pode.

O Globo, por exemplo, está oferecendo agora bichinhos de pelúcia para quem compra sete dias do jornal. Algum problema nisso? Não, mas é o mesmo apelo emocional do bispo Macedo. Este aproveita o enlevo dos fiéis para empurrar seu jornal. O Globo conta com o irresistível apelo dos filhos pequenos (ou eles acham que algum adulto vai comprar O Globo pra ganhar um bichinho de pelúcia?) para empurrar o seu.

O problema é quando O Globo, Folha, Estadão, Época, Isto É escondem de seus leitores – muitos deles também leitores de Veja – a reportagem de Nassif. Quando fazem isso, sonegam informação, matéria-prima do jornalismo e objetivo do consumidor quando adquire um jornal ou revista. É caso para o Procon.

Provavelmente, não tocam no dossiê porque têm medo que seus leitores passem a lê-los também com olhos críticos, procurando ver a quem interessa a publicação – ou a omissão - de tal ou qual notícia. Daí o silêncio, para dizer o mínimo, cúmplice.


Do blog do Mello


25 fevereiro 2008

Atenção, navegantes!
O Banco do Brasil está a fazer 200 anos de história.
Procurem-me lá!

18 fevereiro 2008

INTERNET COM SABOR BRASILEIRO: ENTRE QUE A CASA É SUA


WASHINGTON - Não fomos nós, brasileiros, que inventamos a internet. Foi o Pentágono. A idéia era facilitar a troca de informações entre centros de pesquisa civis e militares e a burocracia estatal que "toca" os Estados Unidos, enquanto o presidente faz de conta que manda com todo aquele cerimonial da Casa Branca. Porém, podemos dizer com orgulho que estamos reinventando a rede.

O primeiro sinal de que isso estava acontecendo foi o fenômeno Orkut, o site de relacionamentos que cresceu mais no Brasil do que em qualquer outra parte do mundo. Só hoje os Estados Unidos têm um site com a "pegada" do Orkut brasileiro, o Facebook.

Tenho lá minha teoria sobre os motivos desse descompasso: os americanos são utilitaristas. Conceberam a internet como uma ferramenta para troca de informações. E embora no Brasil esse também seja o papel primordial da rede, minha convivência com os leitores do site me fez ver que eles querem mais do que isso.

A internet brasileira é "gregária". Não é ferramenta apenas para "cumprir tarefas". É um "estado de espírito", uma "praça do interior", um "comício", um "teatro cômico", um ponto de encontro que às vezes se parece com arquibancada de estádio de futebol. Fico estupefato quando alguns leitores mais sensíveis conseguem perceber até meu estado de espírito quando apareço pela primeira vez, de manhã, para me dar conta do que eles estão fazendo com o espaço que já não considero meu.

Quando desisti de minha carreira de repórter de televisão para me dedicar integralmente à internet eu estava atrás de entender esse "mundo" e suas peculiaridades. Acho que já cheguei aos 5%.

Dizem que os repórteres de TV se dividem entre os que acham que são deuses e os que têm certeza. A internet me fez mais humilde, até mesmo por precaução. Eu jamais pregaria vacinação em massa contra a febre amarela sabendo que a Conceição Lemes, em questão de segundos, poderia arrancar o meu couro.

A "internet brasileira" também é resultado de características específicas de nossa sociedade. Algumas dúzias de jornalistas e comentaristas, trabalhando no eixo Rio-São Paulo-Brasília, sempre exerceram o monopólio da opinião. Muitos continuam achando que têm o poder de "conduzir" o público, feito os antigos lanterninhas nas salas de cinema. Essa gente expressa o provincianismo, o desprezo, a falta de informação e a prepotência com que a elite brasileira sempre tratou o "resto" do Brasil.

Houve um tempo em que a distância entre São Paulo e Natal era de milhares de quilômetros. Agora, caiu para alguns minutos. É o tempo que um potiguar leva, hoje em dia, para postar na internet a informação que não saiu na TV porque alguém decidiu que não era notícia.

É o Azenha se superando.

15 fevereiro 2008

Por que grande mídia silencia sobre denúncias de Nassif contra Veja?



Embora na área jornalística e de política não se fale em outra coisa na web, a reportagem em que Nassif desvenda os bastidores de Veja não merece uma única matéria na grande imprensa.

A razão para isso é uma só: Há um medo imenso de contágio. O vírus do raciocínio crítico pode contaminar os leitores de O Globo, Folha, Estadão e estes podem começar a pensar se o que ocorre na Veja não acontece também nas redações de nossa “grande imprensa independente”.

Então eles se calam. E não deixam que seus leitores se informem. Prestam-lhes um desserviço. Afinal, muitos também são leitores e assinantes de Veja e têm o direito de tomar conhecimento da corajosa reportagem de Nassif. Sonegam informação, que é a matéria-prima do jornalismo.


Do Blog do Mello


04 fevereiro 2008

Não Conte o Final a Ninguém


Do Cinema com Rapadura

Escrito por: Thiago Sampaio


Uma forma bastante manjada, usada pelos grandes estúdios como forma de merchandising de suas produções, é colocar em seus meios de divulgação (que incluem trailers, chamadas de televisão, pôsteres e páginas oficiais), a frase: “Não conte o final deste filme a ninguém”. Usando um pouco de bom senso, não é correto sair contando os finais de filme nenhum a ninguém, porém, o uso desta frase nunca deixa de causar uma espécie de alerta à curiosidade do expectador, que se sente quase que na obrigação de ir ao cinema, nem mesmo por interesse pelo filme em si, mas pela vontade de matar a curiosidade e conferir o “final surpreendente”. Muitas vezes este final não corresponde à altura das expectativas do público.

Tal estratégia foi utilizada em “A Vila” (2004), de M. Night Shyamalan, e no lançamento “O Amigo Oculto”. Este último utilizou deste meio, uma forma diferente de chamar a atenção do público: todos os rolos com o filme foram entregues às distribuidoras sem o final, deixando os rolos com a conclusão do longa para serem entregues em mãos, apenas momentos antes de sua primeira exibição, tudo para que o final não fosse descoberto com antecedência e revelado na Internet. Sem dúvidas, foi um lance muito inteligente, pois essa estratégia da FOX logo caiu no conhecimento da mídia e do público, atenuando cada vez mais a curiosidade a respeito do conteúdo do “final misterioso”.

Afinal, o que podemos classificar como um “final surpreendente”? È, simplesmente, aquele desfecho da história que pode durar poucos segundos, e nos fazer, após o término do filme, repassar toda a história em nossas cabeças, reimaginando tudo sob uma forma totalmente diferente do que foi vista pela primeira vez. Em outras palavras, um filme com “final surpreendente” é uma obra que brinca com o expectador, fazendo-o acreditar estar entendendo a história, quando, no final, nada é como ele imaginava.

Fiz aqui uma lista de dez filmes que seguem esse estilo. Com certeza eles farão você surpreender-se com os seus respectivos finais:

1 - PSICOSE (1960)
Este grande clássico do mestre do suspense Alfred Hitchcock (de “Os Pássaros” e “Janela Indiscreta”), é, sem dúvidas, um dos melhores suspenses da história. Prima pela direção frenética de Hitchcock, uma trilha sonora mais do que marcante,e a atuação perfeita de Anthony Perkins como o calmo e simples, porém lunático, Norman Bates. Uma pena foi o fato de o diretor Gus Van Sant ter tido a idéia de refilmá-lo em cores, no ano de 1999, estragando todo o charme do original. Destaque no filme para a famosa cena do assassinato no chuveiro, além, é claro, da grande reviravolta do final. Janet Leigh interpreta uma secretária que rouba 40 mil dólares para que possa casar. Durante a fuga, erra o caminho e chega a um velho motel, onde é amavelmente atendida pelo dono (Anthony Perkins), mas escuta a voz da mãe do rapaz, que diz não desejar a presença de uma estranha. Mal sabe a moça o que virá a acontecer em apenas uma noite neste motel.


2 - OS SUSPEITOS (1995)
Este excelente filme dirigido por Bryan Singer (dos dois “X-Men” e “O Aprendiz”), criou um dos vilões mais assustadores do cinema, sem sequer sabermos quem ele é até o último segundo do filme, Só ao pronunciar o seu nome, Keyser Soze, já nos dá um frio na espinha. Kevin Spacey dá aqui um verdadeiro show de interpretação, em que, merecidamente, recebeu o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por sua interpretação. Spacey vive Roger “Verbal” Kint, um criminoso com deficiência física que narra para um policial (interpretado por Chazz Palmiteri) uma chacina ocorrida em um cais. Esta tragédia resultou em 27 mortos e 91 milhões de dólares desaparecidos, e o único fato sabido, é da existência do nome de Keyser Soze por trás de tudo. Reviravoltas são detalhes que não faltam nessa produção. O final, realmente é de deixar todos com o queixo no chão, e intimidados perante o show dado por Kevin Spacey. Também merecido, o filme recebeu o Oscar de Melhor Roteiro Original.


3 - O SEXTO SENTIDO (1999)
Em seu ano de lançamento, o tal “final surpreendente” foi comentado em toda esquina, e o público ficou conhecendo a grande vocação do diretor M. Night Shyamalan de fazer suspense. “O Sexto Sentido” deu início à uma onda de filmes com temas que envolvem o sobrenatural, apelativos para os sustos, e com a obrigação de forçar um final surpresa. Recebeu seis indicações ao Oscar: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator Coadjuvante (Haley Joel Osment), Melhor Atriz Coadjuvante (Toni Collette), Melhor Roteiro Original e Melhor Montagem. Bruce Willis interpreta um psicólogo infantil que busca se recuperar de um trauma sofrido anos antes, quando um de seus pacientes lhe deu um tiro e, em seguida, suicidou-se em sua frente. Seu personagem assume o caso de um garoto de oito anos, interpretado pelo talentoso Haley - Joel Osment (indicado ao Oscar), que tem dificuldades de entrosamento no colégio e vive paralisado de medo. Um dia, o menino revela para o psicólogo a razão de tanto medo: ele possui o dom de ver pessoas mortas.


4 - AS DUAS FACES DE UM CRIME (1996)
Com este thriller de tribunal, o mundo ficou conhecendo o talento de Edward Norton, que fazia o seu primeiro filme e, de cara, ganhou o Globo de Ouro, e foi indicado para o Oscar na categoria de Melhor Ator Coadjuvante. Norton interpreta um jovem de 19 anos preso sob a acusação de assassinar um arcebispo com 78 facadas. Um ex-promotor (Richard Gere), que se tornou um advogado bem-sucedido, propõe defendê-lo, sem cobrar honorários. Ele tem um motivo para isto: adora ser coberto pela mídia, além de ter uma incrível necessidade de vencer. O jovem demonstra ser muito calmo e tímido, mas logo mostra sofrer de dupla-personalidade e se torna uma pessoa rude, de péssimo caráter, capaz de fazer qualquer coisa. O filme é envolvente e faz o expectador simpatizar com o jovem tímido, e, ao mesmo tempo, sentir raiva da sua segunda personalidade, deixando a sua possível inocência em dúvida. O filme possui grandes momentos de tensão, e a química entre os personagens de Richard Gere e Edward Norton é muito envolvente.


5 - CLUBE DA LUTA (1999)
Neste chocante longa do cineasta David Fincher (que já havia dirigido Brad Pitt em “Seven”), existe muito mais do que lutas e violência como muitos enxergam. Por trás de todo o roteiro há uma grande crítica ao capitalismo e o consumismo, de forma bastante inteligente. Edward Norton interpreta um executivo que trabalha como investigador de seguros de uma grande montadora de automóveis. Ele vive em loucura progressiva e, para driblar suas crises de insônia, extravasa sua ansiedade em sessões de terapia grupal, ao lado de gente com câncer, tuberculose e outras doenças, pois é só no meio de moribundos, que ele se sente vivo e assim consegue dormir. Repentinamente, entra na sua vida Tyler Durden (Brad Pitt), um maluco que tem a idéia de por à prova seu instinto animalesco em combates corporais, fundando o “Clube da Luta”. Com o tempo, Tyler demonstra que seus planos vão além da criação do clube, uma mania, que ganha adeptos no país inteiro.


6 – AMNÉSIA (2001)
De certa forma, é até covardia citar “Amnésia” nesta lista de finais surpreendentes, pois o filme consegue nos surpreender a cada cinco minutos através de sua narrativa de trás para frente, de modo que nunca sabermos exatamente o que está ocorrendo com o personagem de Guy Pearce. Por outro lado, o final (que na verdade equivale ao começo da história) é a chave para tantas reviravoltas, e, pode acreditar, é mesmo impressionante. “Amnésia” foi a maior surpresa do ano de 2001, aparecendo discretamente nos cinemas, e logo virou cult pelo seu roteiro e sua montagem geniais (ambos indicados ao Oscar). Revelou ao mundo o diretor Christopher Nolan, que este ano, será o responsável por trazer o Homem-Morcego de volta às telas. Guy Pearce interpreta um homem que sobrevive a um ataque de um ladrão em que perde a sua mulher, e passa a sofrer de uma doença que o impede de gravar na memória fatos recentes, o que faz com que ele esqueça por completo o que aconteceu poucos instantes antes. Ele parte em uma jornada pessoal, a fim de descobrir o assassino de sua mulher para poder vingá-la.


7 – SEVEN – OS 7 CRIMES CAPITAIS (1995)
Um filme impressionante em todos os aspectos. Esta é a definição para “Seven”. É ao lado de “O Silêncio dos Inocentes”, em minha opinião, o melhor filme do gênero. O tal “final surpreendente” deste, foge um pouco do estilo dos outros desta lista, pois ao contrário dos outros, ele não muda todo o resto da história, brincando com nossa imaginação. Ou melhor, ele mexe, sim, com nossa imaginação, mas apenas no exato momento, fazendo imaginarmos imagens angustiantes não mostradas, e atiçando nossa curiosidade. O final de “Seven”, chega a ser um dos mais chocantes e inteligentes já feitos para o cinema, chegando a ser perturbador e genial. Brad Pitt interpreta um policial jovem e impetuoso, e Morgan Freeman, um policial maduro e prestes a se aposentar. Os dois são encarregados de uma perigosa investigação: encontrar um assassino em série que extermina as pessoas seguindo a ordem dos sete pecados capitais.


8 - O SUSPEITO DA RUA ARLINGTON (1999)
Este é o caso de um filme pouco visto, mas que merece ser conferido pelo seu roteiro muito bem desenvolvido e, principalmente, pelo duelo de interpretações entre Jeff Bridges e Tim Robbins, ambos muito bem em uma verdadeira batalha de egos. O final, além de surpreender, nos faz refletir sobre a situação mundial de que em todo canto do planeta existem grupos terroristas planejando algo sobre pessoas inocentes. Brigdes interpreta um professor de História que faz amizade com seus novos vizinhos (Tim Robbins e Joan Cusack), logo após ter salvado o filho do casal. No começo, tudo parece correr bem entre a sua família e a deles, mas logo começa a desconfiar que há algo suspeito, e passa a investigar sobre o passado de seu vizinho, descobrindo diversos fatos obscuros. Ele, então, começa a tomar consciência do perigo pelo qual ele e sua família estão passando, e resolve ir a fundo em suas investigações, descobrindo um plano terrorista que visa explodir um prédio público.


9 – OS OUTROS (1999)
Pelo fato de ter estreado aqui depois de “O Sexto Sentido”, seu final, apesar de muito impressionante, não provocou o mesmo impacto no público, mas, nem por isso, tirou o prestígio desse ótimo filme. Nicole Kidman está em um de seus melhores momentos, vivendo uma mulher que, durante a 2ª Guerra Mundial, decide por se mudar, juntamente com seus dois filhos, para uma mansão isolada na ilha de Jersey, a fim de esperar que seu marido retorne da guerra. Como seus filhos possuem uma estranha doença que os impedem de receber diretamente a luz do sol, a casa onde vivem está sempre em total escuridão. Eles vivem sozinhos, seguindo, religiosamente, certas regras, como nunca abrir uma porta sem fechar a anterior, mas quando eles contratam empregados para a casa, diversos acontecimentos estranhos e assustadores começam a acontecer.


10 – CORPO FECHADO (2000)
O diretor M. Night Shyamalan acabou usando os “finais surpreendentes” como a sua marca registrada. Após impressionar o mundo com “O Sexto Sentido”, ele volta a dirigir Bruce Willis, mas agora sem crianças que vêem mortos. Mesmo não tendo um final de impacto como em seu filme anterior, “Corpo Fechado” também surpreende, mostrando os lados que às vezes não costumamos enxergar nas pessoas. Shyamalan, desta vez, foca o mundo dos super-heróis, de forma muito bem feita, através de suas filosofias de como viver e agir em um mundo humano. Bruce Willis interpreta David Dunne, um segurança de estádio de futebol que sobrevive a um espantoso desastre de trem, o qual todos os passageiros morrem e ele sai ileso, para espanto dos médicos e de si mesmo. Buscando explicações sobre o ocorrido, ele encontra Elijah Price (Samuel L. Jackson), um estranho que tem uma deficiência: possui ossos frágeis, vulneráveis a qualquer pancada. Elijah tenta convencer David de que ele é exatamente o oposto dele, que ele seja um super herói “inquebrável”.

O Mello tá postando lá no blog dele alguns vídeos raros e "matadores".
Abaixo o link para dois deles, em espanhol.

1 - A guerra do Vietnam como você nunca viu

2 - Sargento, em quem estamos atirando?

30 janeiro 2008

Geisel autorizou assassinato de Jango, acusa ex-agente uruguaio

Reportagem de Simone Iglesias, da Agência Folha, em Porto Alegre, publicada ontem (aqui, para assinantes) revela declaração de um ex-agente do serviço de inteligência do uruguai, na época da ditadura militar, que afirma que Jango não morreu de ataque cardíaco, como se acreditava, mas assassinado por envenenamento.

O ex-agente Mario Neira Barreiro disse que a ordem para o assassinato foi dada pelo delegado do Dops de São Paulo Sérgio Paranhos Fleury e que este obtivera a autorização para o crime diretamente do presidente Ernesto Geisel.

Do blog do Mello, post completo aqui

23 janeiro 2008

Censura na TVE do Paraná

Face às barbaridades que vêm sendo ditas pelos grandes meios de comunicação e devido à falta de opiniões isentas, coerentes e honestas em relação à censura na TVE do Paraná, passo a publicar os links de toda e qualquer análise que expresse o que realmente está acontecendo.
Viva a liberdade de expressão.
-------------------------------------------------------------------
Editado em 24.01.08.

Entidades de jornalistas justificam decisão de juiz

Por Mário Augusto Jakobskind em 22/1/2008

A censura, como nos tempos da ditadura que assolou o país, está de volta no estado do Paraná. Por decisão do juiz federal da 4ª Região, Edgard Lipman Júnior, o governador Roberto Requião está impedido de apresentar o programa Escola de Governo na TV Paraná Educativa, no qual presta contas à população, discute projetos em andamento, promove o debate de temas candentes da realidade nacional, tais como transgênicos, ferrovias, infra-estrutura portuária, ecologia, privilégios dos bancos, reforma agrária, agricultura familiar, desnacionalização da economia, integração latino-americana e tantos outros.

Isto é, a Justiça tomou uma decisão que contraria os preceitos básicos de um administrador moderno, quais sejam, primeiro, prestar contas de seus atos à população, em seguida, discutir a realidade nacional. Tal procedimento deveria, isto sim, servir de exemplo para outros governadores fazerem o mesmo.

Texto completo aqui

---------------------------------------------------

Deputado repudia censura a Requião

O deputado federal Dr. Rosinha (PT-PR) criticou nesta terça-feira (22/1) o desembargador Edgard Antôno Lippmann Júnior, do Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região, que na última quinta-feira (17/1) multou o governador Roberto Requião (PMDB) em R$ 50 mil, além de obrigar a TVE do Paraná a veicular a cada 15 minutos uma nota oficial da Associação de Juízes Federais.

"A decisão desse juiz [Lippmann] constitui um ato de censura que deve ser repudiado pela sociedade e revisto o quanto antes pelas instâncias superiores", afirma Dr. Rosinha. "Um despacho judicial jamais poderia citar como parâmetro 'a grande mídia' e editoriais de jornal."

Matéria completa aqui

-------------------------------------------------------------------------------
Censura na TVE do Paraná: solidariedade ao governador Requião

Num visível atentado à democracia, a Justiça Federal do Paraná decidiu ontem, dia 9, estabelecer censura prévia na Rádio e Televisão Paraná Educativa. O objetivo da medida arbitrária, segundo despacho do próprio desembargador Edgar Lippmann, é coibir a participação na rede pública do governador Roberto Requião. Há muito que as opiniões e as polêmicas corajosas do governante, incluindo as transmitidas ao vivo da reunião semanal da Escola do Governo, incomodam a elite, em especial os partidos de direita, os latifundiários e alguns integrantes do próprio Judiciário.

Texto completo aqui.
------------------------------------------------------------------------------------------------------

BBB8, the elimination

Não sei se ando muito "por fora", mas a eliminação de ontem, no big brother, me chamou atenção. Primeiro que o tal de Galego, senão me engano estudante de medicina, se mostrou despreocupado demais o tempo todo, até seus batimentos cardíacos não se alteraram em nenhum momento( se é que dá pra confiar naquele aparelhinho da globo).
Segundo, que a entrevista ao bial, quando já estava fora da casa, me pareceu ser bruscamente interrompida quando o Galego dizia que procurou ser ele mesmo e que havia percebido que isso afetou a votação dos telespectadores e que esse tipo de comportamento não interessava aos que faziam o programa.
Teria ele enchido o saco de tudo ou esse é o seu jeito mesmo, assim, digamos, meio manézão?

13 janeiro 2008


Publicidade é a alma do negócio





Na imagem invertida, tampe a cabeça e a taça da moça…


Do Ovelha Elétrica

100 programas portable para download - Windows e Mac


Mais uma super coletânea de softwares portable para baixar. Todos são freeware e são prontos para usar direto do seu pendrive ou outro tipo de mídia, sem precisar de instalação. Dessa vez os usuários do Mac também serão presenteados. Há muitos programas para serem usados nos computadores da Apple.

A lista completa, pronta pra download, pode ser obtida no INEXISTENT MAN

O FILHO DE FHC COM A REPÓRTER DA GLOBO


Foi em abril de 2000 que a revista "Caros Amigos" publicou a reportagem. Sete anos se passaram. Hoje é um dia histórico para o Jornalismo brasileiro: pela primeira vez um órgão da grande mídia - a Folha - fala sobre a possível existência de uma filha (na verdade é um filho) do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso fora do casamento.

Vamos ao que a "Caros Amigos" publicou, na íntegra:

"Por João Rocha, Marina Amaral, Mylton Severiano, José Arbex Jr., Palmério Dória e Sérgio de Souza

Esta reportagem começou assim: o jornalista Palmério Dória ofereceu para Caros Amigos um artigo cujo título era "Presidente, Assuma!", referindo-se ao filho gerado do romance entre Fernando Henrique Cardoso e a jornalista Miriam Dutra quando o atual presidente da República era senador. A jornalista trabalhava, e trabalha ainda, para a Rede Globo, na ocasião como repórter em Brasília, hoje como correspondente em Barcelona, Espanha.

Do site do Azenha. Leia matéria completa aqui

12 janeiro 2008

A canção que eu nunca esqueço


Quando eu te olho eu sinto saudade
do tempo que a gente brincava
no parque da cidade...
E a cidade cresceu,
nós crescemos também:
já não corremos na estrada,
já não choramos por nada
e já não somos mais crianças.

Que o sol saia antes que adormeças,
pois a noite é longa
e o vento toca os teus cabelos.
Escrevo sempre o que eu quero dizer,
faço uma canção de amor
e o meu verso te contempla;
como toda manhã o sol
torna claro as montanhas
e nos revela o céu.

Desenho num muro o meu e o teu coração,
escrevo abaixo o quanto te amo:
Você é a canção que eu nunca esqueço

-Abstratos anônimos, letra e música autoria de J. Max e J. Alexandre.

Dinamáquina

Copa do México, 1986, o Brasil de Telê Santana, grande seleção, é eliminada nos pênaltis pela França de Platini. Lembro da cara de choro do Fernando Vanucci ao final do jogo, depois das cobranças dos pênaltis, a lamentar mais uma eliminação da seleção brasileira em copas do mundo.

Mas guardei também na lembrança a seleção que a Dinamarca tinha naquele ano, futebol exuberante e avassalador, a derrotar de forma soberana e implacável seus adversários pelo caminho. Tanto que mereceu um Globo Repórter, na Globo, só pra ela.

Só que a Globo iria mostrar o quão estava frio o seu pé naquela copa.
Naquela sexta, à tarde, a Dinamarca foi eliminada pela seleção da Espanha, goleada de 6 a 2, senão me engano. Surpresa geral. Só que o Globo Repórter, amiúde anunciado, foi ao ar, com cara de fim de festa, broxa, a anunciar as qualidades de um futebol que tinha sido desclassificado da copa. Como a seleção brasileira...

07 janeiro 2008

Às vezes, lembramos de algum acontecimento ou frase que nos marca e nos faz/fez perceber fatos presentes.

Quando percebo e sinto o que meu filho representa pra mim, lembro de uma frase que o promotor do filme JFK, representado pelo Kevin Costner, diz numa de suas falas(reproduzo de memória): "talvez nunca tenha conseguido demonstrar a intensidade do amor que sinto pelos meus filhos..."

Parece que às vezes não conseguimos demonstrar às pessoas que amamos o tamanho de nosso amor por elas. Parece que a correria do dia-a-dia nos rouba muito mais que o tempo...
Tomara que seja só uma impressão.