25 fevereiro 2008

Atenção, navegantes!
O Banco do Brasil está a fazer 200 anos de história.
Procurem-me lá!

18 fevereiro 2008

INTERNET COM SABOR BRASILEIRO: ENTRE QUE A CASA É SUA


WASHINGTON - Não fomos nós, brasileiros, que inventamos a internet. Foi o Pentágono. A idéia era facilitar a troca de informações entre centros de pesquisa civis e militares e a burocracia estatal que "toca" os Estados Unidos, enquanto o presidente faz de conta que manda com todo aquele cerimonial da Casa Branca. Porém, podemos dizer com orgulho que estamos reinventando a rede.

O primeiro sinal de que isso estava acontecendo foi o fenômeno Orkut, o site de relacionamentos que cresceu mais no Brasil do que em qualquer outra parte do mundo. Só hoje os Estados Unidos têm um site com a "pegada" do Orkut brasileiro, o Facebook.

Tenho lá minha teoria sobre os motivos desse descompasso: os americanos são utilitaristas. Conceberam a internet como uma ferramenta para troca de informações. E embora no Brasil esse também seja o papel primordial da rede, minha convivência com os leitores do site me fez ver que eles querem mais do que isso.

A internet brasileira é "gregária". Não é ferramenta apenas para "cumprir tarefas". É um "estado de espírito", uma "praça do interior", um "comício", um "teatro cômico", um ponto de encontro que às vezes se parece com arquibancada de estádio de futebol. Fico estupefato quando alguns leitores mais sensíveis conseguem perceber até meu estado de espírito quando apareço pela primeira vez, de manhã, para me dar conta do que eles estão fazendo com o espaço que já não considero meu.

Quando desisti de minha carreira de repórter de televisão para me dedicar integralmente à internet eu estava atrás de entender esse "mundo" e suas peculiaridades. Acho que já cheguei aos 5%.

Dizem que os repórteres de TV se dividem entre os que acham que são deuses e os que têm certeza. A internet me fez mais humilde, até mesmo por precaução. Eu jamais pregaria vacinação em massa contra a febre amarela sabendo que a Conceição Lemes, em questão de segundos, poderia arrancar o meu couro.

A "internet brasileira" também é resultado de características específicas de nossa sociedade. Algumas dúzias de jornalistas e comentaristas, trabalhando no eixo Rio-São Paulo-Brasília, sempre exerceram o monopólio da opinião. Muitos continuam achando que têm o poder de "conduzir" o público, feito os antigos lanterninhas nas salas de cinema. Essa gente expressa o provincianismo, o desprezo, a falta de informação e a prepotência com que a elite brasileira sempre tratou o "resto" do Brasil.

Houve um tempo em que a distância entre São Paulo e Natal era de milhares de quilômetros. Agora, caiu para alguns minutos. É o tempo que um potiguar leva, hoje em dia, para postar na internet a informação que não saiu na TV porque alguém decidiu que não era notícia.

É o Azenha se superando.

15 fevereiro 2008

Por que grande mídia silencia sobre denúncias de Nassif contra Veja?



Embora na área jornalística e de política não se fale em outra coisa na web, a reportagem em que Nassif desvenda os bastidores de Veja não merece uma única matéria na grande imprensa.

A razão para isso é uma só: Há um medo imenso de contágio. O vírus do raciocínio crítico pode contaminar os leitores de O Globo, Folha, Estadão e estes podem começar a pensar se o que ocorre na Veja não acontece também nas redações de nossa “grande imprensa independente”.

Então eles se calam. E não deixam que seus leitores se informem. Prestam-lhes um desserviço. Afinal, muitos também são leitores e assinantes de Veja e têm o direito de tomar conhecimento da corajosa reportagem de Nassif. Sonegam informação, que é a matéria-prima do jornalismo.


Do Blog do Mello


04 fevereiro 2008

Não Conte o Final a Ninguém


Do Cinema com Rapadura

Escrito por: Thiago Sampaio


Uma forma bastante manjada, usada pelos grandes estúdios como forma de merchandising de suas produções, é colocar em seus meios de divulgação (que incluem trailers, chamadas de televisão, pôsteres e páginas oficiais), a frase: “Não conte o final deste filme a ninguém”. Usando um pouco de bom senso, não é correto sair contando os finais de filme nenhum a ninguém, porém, o uso desta frase nunca deixa de causar uma espécie de alerta à curiosidade do expectador, que se sente quase que na obrigação de ir ao cinema, nem mesmo por interesse pelo filme em si, mas pela vontade de matar a curiosidade e conferir o “final surpreendente”. Muitas vezes este final não corresponde à altura das expectativas do público.

Tal estratégia foi utilizada em “A Vila” (2004), de M. Night Shyamalan, e no lançamento “O Amigo Oculto”. Este último utilizou deste meio, uma forma diferente de chamar a atenção do público: todos os rolos com o filme foram entregues às distribuidoras sem o final, deixando os rolos com a conclusão do longa para serem entregues em mãos, apenas momentos antes de sua primeira exibição, tudo para que o final não fosse descoberto com antecedência e revelado na Internet. Sem dúvidas, foi um lance muito inteligente, pois essa estratégia da FOX logo caiu no conhecimento da mídia e do público, atenuando cada vez mais a curiosidade a respeito do conteúdo do “final misterioso”.

Afinal, o que podemos classificar como um “final surpreendente”? È, simplesmente, aquele desfecho da história que pode durar poucos segundos, e nos fazer, após o término do filme, repassar toda a história em nossas cabeças, reimaginando tudo sob uma forma totalmente diferente do que foi vista pela primeira vez. Em outras palavras, um filme com “final surpreendente” é uma obra que brinca com o expectador, fazendo-o acreditar estar entendendo a história, quando, no final, nada é como ele imaginava.

Fiz aqui uma lista de dez filmes que seguem esse estilo. Com certeza eles farão você surpreender-se com os seus respectivos finais:

1 - PSICOSE (1960)
Este grande clássico do mestre do suspense Alfred Hitchcock (de “Os Pássaros” e “Janela Indiscreta”), é, sem dúvidas, um dos melhores suspenses da história. Prima pela direção frenética de Hitchcock, uma trilha sonora mais do que marcante,e a atuação perfeita de Anthony Perkins como o calmo e simples, porém lunático, Norman Bates. Uma pena foi o fato de o diretor Gus Van Sant ter tido a idéia de refilmá-lo em cores, no ano de 1999, estragando todo o charme do original. Destaque no filme para a famosa cena do assassinato no chuveiro, além, é claro, da grande reviravolta do final. Janet Leigh interpreta uma secretária que rouba 40 mil dólares para que possa casar. Durante a fuga, erra o caminho e chega a um velho motel, onde é amavelmente atendida pelo dono (Anthony Perkins), mas escuta a voz da mãe do rapaz, que diz não desejar a presença de uma estranha. Mal sabe a moça o que virá a acontecer em apenas uma noite neste motel.


2 - OS SUSPEITOS (1995)
Este excelente filme dirigido por Bryan Singer (dos dois “X-Men” e “O Aprendiz”), criou um dos vilões mais assustadores do cinema, sem sequer sabermos quem ele é até o último segundo do filme, Só ao pronunciar o seu nome, Keyser Soze, já nos dá um frio na espinha. Kevin Spacey dá aqui um verdadeiro show de interpretação, em que, merecidamente, recebeu o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por sua interpretação. Spacey vive Roger “Verbal” Kint, um criminoso com deficiência física que narra para um policial (interpretado por Chazz Palmiteri) uma chacina ocorrida em um cais. Esta tragédia resultou em 27 mortos e 91 milhões de dólares desaparecidos, e o único fato sabido, é da existência do nome de Keyser Soze por trás de tudo. Reviravoltas são detalhes que não faltam nessa produção. O final, realmente é de deixar todos com o queixo no chão, e intimidados perante o show dado por Kevin Spacey. Também merecido, o filme recebeu o Oscar de Melhor Roteiro Original.


3 - O SEXTO SENTIDO (1999)
Em seu ano de lançamento, o tal “final surpreendente” foi comentado em toda esquina, e o público ficou conhecendo a grande vocação do diretor M. Night Shyamalan de fazer suspense. “O Sexto Sentido” deu início à uma onda de filmes com temas que envolvem o sobrenatural, apelativos para os sustos, e com a obrigação de forçar um final surpresa. Recebeu seis indicações ao Oscar: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator Coadjuvante (Haley Joel Osment), Melhor Atriz Coadjuvante (Toni Collette), Melhor Roteiro Original e Melhor Montagem. Bruce Willis interpreta um psicólogo infantil que busca se recuperar de um trauma sofrido anos antes, quando um de seus pacientes lhe deu um tiro e, em seguida, suicidou-se em sua frente. Seu personagem assume o caso de um garoto de oito anos, interpretado pelo talentoso Haley - Joel Osment (indicado ao Oscar), que tem dificuldades de entrosamento no colégio e vive paralisado de medo. Um dia, o menino revela para o psicólogo a razão de tanto medo: ele possui o dom de ver pessoas mortas.


4 - AS DUAS FACES DE UM CRIME (1996)
Com este thriller de tribunal, o mundo ficou conhecendo o talento de Edward Norton, que fazia o seu primeiro filme e, de cara, ganhou o Globo de Ouro, e foi indicado para o Oscar na categoria de Melhor Ator Coadjuvante. Norton interpreta um jovem de 19 anos preso sob a acusação de assassinar um arcebispo com 78 facadas. Um ex-promotor (Richard Gere), que se tornou um advogado bem-sucedido, propõe defendê-lo, sem cobrar honorários. Ele tem um motivo para isto: adora ser coberto pela mídia, além de ter uma incrível necessidade de vencer. O jovem demonstra ser muito calmo e tímido, mas logo mostra sofrer de dupla-personalidade e se torna uma pessoa rude, de péssimo caráter, capaz de fazer qualquer coisa. O filme é envolvente e faz o expectador simpatizar com o jovem tímido, e, ao mesmo tempo, sentir raiva da sua segunda personalidade, deixando a sua possível inocência em dúvida. O filme possui grandes momentos de tensão, e a química entre os personagens de Richard Gere e Edward Norton é muito envolvente.


5 - CLUBE DA LUTA (1999)
Neste chocante longa do cineasta David Fincher (que já havia dirigido Brad Pitt em “Seven”), existe muito mais do que lutas e violência como muitos enxergam. Por trás de todo o roteiro há uma grande crítica ao capitalismo e o consumismo, de forma bastante inteligente. Edward Norton interpreta um executivo que trabalha como investigador de seguros de uma grande montadora de automóveis. Ele vive em loucura progressiva e, para driblar suas crises de insônia, extravasa sua ansiedade em sessões de terapia grupal, ao lado de gente com câncer, tuberculose e outras doenças, pois é só no meio de moribundos, que ele se sente vivo e assim consegue dormir. Repentinamente, entra na sua vida Tyler Durden (Brad Pitt), um maluco que tem a idéia de por à prova seu instinto animalesco em combates corporais, fundando o “Clube da Luta”. Com o tempo, Tyler demonstra que seus planos vão além da criação do clube, uma mania, que ganha adeptos no país inteiro.


6 – AMNÉSIA (2001)
De certa forma, é até covardia citar “Amnésia” nesta lista de finais surpreendentes, pois o filme consegue nos surpreender a cada cinco minutos através de sua narrativa de trás para frente, de modo que nunca sabermos exatamente o que está ocorrendo com o personagem de Guy Pearce. Por outro lado, o final (que na verdade equivale ao começo da história) é a chave para tantas reviravoltas, e, pode acreditar, é mesmo impressionante. “Amnésia” foi a maior surpresa do ano de 2001, aparecendo discretamente nos cinemas, e logo virou cult pelo seu roteiro e sua montagem geniais (ambos indicados ao Oscar). Revelou ao mundo o diretor Christopher Nolan, que este ano, será o responsável por trazer o Homem-Morcego de volta às telas. Guy Pearce interpreta um homem que sobrevive a um ataque de um ladrão em que perde a sua mulher, e passa a sofrer de uma doença que o impede de gravar na memória fatos recentes, o que faz com que ele esqueça por completo o que aconteceu poucos instantes antes. Ele parte em uma jornada pessoal, a fim de descobrir o assassino de sua mulher para poder vingá-la.


7 – SEVEN – OS 7 CRIMES CAPITAIS (1995)
Um filme impressionante em todos os aspectos. Esta é a definição para “Seven”. É ao lado de “O Silêncio dos Inocentes”, em minha opinião, o melhor filme do gênero. O tal “final surpreendente” deste, foge um pouco do estilo dos outros desta lista, pois ao contrário dos outros, ele não muda todo o resto da história, brincando com nossa imaginação. Ou melhor, ele mexe, sim, com nossa imaginação, mas apenas no exato momento, fazendo imaginarmos imagens angustiantes não mostradas, e atiçando nossa curiosidade. O final de “Seven”, chega a ser um dos mais chocantes e inteligentes já feitos para o cinema, chegando a ser perturbador e genial. Brad Pitt interpreta um policial jovem e impetuoso, e Morgan Freeman, um policial maduro e prestes a se aposentar. Os dois são encarregados de uma perigosa investigação: encontrar um assassino em série que extermina as pessoas seguindo a ordem dos sete pecados capitais.


8 - O SUSPEITO DA RUA ARLINGTON (1999)
Este é o caso de um filme pouco visto, mas que merece ser conferido pelo seu roteiro muito bem desenvolvido e, principalmente, pelo duelo de interpretações entre Jeff Bridges e Tim Robbins, ambos muito bem em uma verdadeira batalha de egos. O final, além de surpreender, nos faz refletir sobre a situação mundial de que em todo canto do planeta existem grupos terroristas planejando algo sobre pessoas inocentes. Brigdes interpreta um professor de História que faz amizade com seus novos vizinhos (Tim Robbins e Joan Cusack), logo após ter salvado o filho do casal. No começo, tudo parece correr bem entre a sua família e a deles, mas logo começa a desconfiar que há algo suspeito, e passa a investigar sobre o passado de seu vizinho, descobrindo diversos fatos obscuros. Ele, então, começa a tomar consciência do perigo pelo qual ele e sua família estão passando, e resolve ir a fundo em suas investigações, descobrindo um plano terrorista que visa explodir um prédio público.


9 – OS OUTROS (1999)
Pelo fato de ter estreado aqui depois de “O Sexto Sentido”, seu final, apesar de muito impressionante, não provocou o mesmo impacto no público, mas, nem por isso, tirou o prestígio desse ótimo filme. Nicole Kidman está em um de seus melhores momentos, vivendo uma mulher que, durante a 2ª Guerra Mundial, decide por se mudar, juntamente com seus dois filhos, para uma mansão isolada na ilha de Jersey, a fim de esperar que seu marido retorne da guerra. Como seus filhos possuem uma estranha doença que os impedem de receber diretamente a luz do sol, a casa onde vivem está sempre em total escuridão. Eles vivem sozinhos, seguindo, religiosamente, certas regras, como nunca abrir uma porta sem fechar a anterior, mas quando eles contratam empregados para a casa, diversos acontecimentos estranhos e assustadores começam a acontecer.


10 – CORPO FECHADO (2000)
O diretor M. Night Shyamalan acabou usando os “finais surpreendentes” como a sua marca registrada. Após impressionar o mundo com “O Sexto Sentido”, ele volta a dirigir Bruce Willis, mas agora sem crianças que vêem mortos. Mesmo não tendo um final de impacto como em seu filme anterior, “Corpo Fechado” também surpreende, mostrando os lados que às vezes não costumamos enxergar nas pessoas. Shyamalan, desta vez, foca o mundo dos super-heróis, de forma muito bem feita, através de suas filosofias de como viver e agir em um mundo humano. Bruce Willis interpreta David Dunne, um segurança de estádio de futebol que sobrevive a um espantoso desastre de trem, o qual todos os passageiros morrem e ele sai ileso, para espanto dos médicos e de si mesmo. Buscando explicações sobre o ocorrido, ele encontra Elijah Price (Samuel L. Jackson), um estranho que tem uma deficiência: possui ossos frágeis, vulneráveis a qualquer pancada. Elijah tenta convencer David de que ele é exatamente o oposto dele, que ele seja um super herói “inquebrável”.

O Mello tá postando lá no blog dele alguns vídeos raros e "matadores".
Abaixo o link para dois deles, em espanhol.

1 - A guerra do Vietnam como você nunca viu

2 - Sargento, em quem estamos atirando?