24 abril 2011

Hoje, por mais que tente evitar, não consigo negar que uma aura melancólica me persegue. Embora não seja daqueles que (quase não) briga por futebol mas seja daqueles que se associam ao seu time, fiquei muito puto com a queda do Paraná Clube à segunda divisão do paranaense. Mais que isso, fiquei triste. Porque se não houvesse história a ser contada, tudo bem. Mas há.

12 abril 2011

Mal-agradecida, Folha ataca novela do SBT

Comentário do post do Edu Guimarães http://www.blogcidadania.com.br/2011/04/mal-agradecida-folha-ataca-novela-do-sbt/
no Cidadania.com.

A direita brasileira não se deu conta ainda que está ainda na primeira metade do século passado, usando a filosofia e o modo de atuação da antiga UDN. O nosso principal partido de esquerda se atualizou nos primeiros anos deste novo século. Evoluiu, derrotou seus adversários e levou a nação a um novo patamar, em que luta atual é a eliminação da pobreza no país. Os oito anos do governo Lula colocaram o país no cenário mundial.

A direita brasileira no entanto tenta preservar os maiores entraves ao desenvolvimento nacional. É contra o aborto, obrigando milhões de mulheres a usarem procedimentos fora dos grandes hospitais ou a continuarem tendo filhos que não querem e que não podem criar. É contra os sindicatos, tentando manter uma massa escrava de empregados a seu dispor. É contra os sistemas de cotas para os negros e índios, tentando também manter estes povos fragilizados na competição por melhores empregos. É também contra a complementarão de renda aos brasileirinhos menos favorecidos pela sorte.

Assim a direita brasileira está numa encruzilhada, ou entra de corpo e alma no século 21 ou abandonará a cena política brasileira.

06 abril 2011

MINHA HISTÓRIA DE LEITORA

Marisa Telo Mariano, professora

Eu sempre compreendi a escola como uma coisa fantástica. Apesar da ditadura – um tanto quando mais suave – lá era um espaço em que eu não apanhava. Era estranha, tudo bem, uns cabelos esquisitos, disformes, armados. Teimavam em crescer para cima. Um nariz arrebitado somado a uns dentes totalmente separados. Mesmo assim, mesmo de poucos amigos, lá eu não apanhava.

A vida para mim era a escola. Eu não a entendia como uma fase passageira, mas a minha própria vida. Achava que tudo o que eu aprendia era vida. Achei mágico quando a diretora retirou os alunos, aos grupos, para um ambiente fechado, algo abandonado, onde nos esperavam uns professores que nunca vira. Eram simpáticos e explicaram-nos um modo de produção diferente do nosso, em que tudo era de todos, e ninguém tinha a propriedade de nada, a não ser o governo. Algo como o fim da divisão entre ricos e pobres. Achei legal a aula, nunca mais esqueci. Depois cantamos o hino como que para nos livrar dos pecados. Amém.

A tarde era um problema. A convivência familiar era algo de que eu preferia fugir. A comida era boa, minha mãe sempre fazia questão de nos alimentar bem, com pratos deliciosos. Mas, às vezes, ela estava nervosa. Os motivos das brigas o tempo roubou da memória. As dores todas foram esquecidas... Só ficaram as impressões que me lembram as causadas pelas tormentas em noites ferozes.

A tarde era um problema. Mas as avenidas arborizadas eram tranquilas. Por elas andava, até que um dia encontrei uma Biblioteca Infanto-Juvenil. A Biblioteca Álvaro Guerra. Entrei. Tínhamos de assinar um livro preto. Parecido com o que assinava na escola quando mordia os meninos. A diferença era a caneta amarrada com um barbante encardido. O ambiente tinha cheiro de argila e tinta.

Umas moças gostavam de nos sentar em roda. Tocavam flauta doce e nos contavam histórias fantásticas. A hora voava naquele lugar. Às vezes, nos levavam para fora e brincávamos nem me lembro de quê. Numa sala menor, apertada, havia livros mais jovens e simpáticos, que disputavam espaço com mesas de damas e xadrez.

Eu lia lá: Stella Carr. Sorria e apanhava um, fascinada. O caso da estranha fotografia. O gênio do crime me dava medo. Todas as semanas eu levava um para casa. Já havia vencido a fase dos romances de banca de jornal e queria livros com outras capas, com outro cheiro.

Na escola, era a Borboleta Atíria, mas o sequestro verdadeiro aconteceu mesmo na sexta-série. Meu cativeiro foi uma Ilha Perdida. Dormia e acordava naquela ilha. Mesmo depois de virar a última página, continuei personagem da história. Nas minhas andanças, esgueirava-me por uma floricultura de uns japoneses na Ferreira da Silva. Transformava-a em ilha perdida e sentia as agonias de perder-me por entre as plantas. Ficava horas andando por lá. Os japoneses se acostumaram à minha presença e, embora nunca tenhamos trocado uma palavra, eles respeitavam a minha aventura. Um dia, resolvi não mais voltar. Agora eu chorava por uma família, porque éramos seis, e fomos sendo mutilados através da história.

As visitas à Álvaro Guerra nunca paravam. Havia uma sala imensa, com estantes de livros tão antipáticos quando uma senhora sisuda e lacônica que se sentava numa mesa com seus óculos pesados e a dificílima tarefa de impor o respeito. Olhava de longe a Barsa. Às vezes a acariciava. Jurava que, assim que fosse gente grande, eu compraria a Barsa. Maldita a Internet. Acabou com o meu maior sonho. A senhora não gostava muito daquela minha atitude de aproximar-me dos livros. O nome dela deveria ser Internet! Dona Internet, a senhora não gosta que as mãozinhas sujinhas das crianças tocassem aqueles livros fascinantes.

Mas Deus ouviu meus pedidos pueris. Um dia, a professora de Ciências pediu uma pesquisa. Uma pes-qui-sa!! Isso mesmo! Foi um grande evento. E eu já até sabia onde era a Biblioteca. Em casa foi um alvoroço. Minha mãe mandou chamar uma prima cinco anos mais velha para auxiliar-me na empreitada. Agora, a Senhora Internet iria ver uma coisa.

Comprei um pacote de folha almaço e as embrulhei cerimoniosamente. Minha prima Maria de Nazareth chegou, como sempre, solícita e carinhosa. Ela seria minha protetora na sala dos livros sérios. Dei uma espiadela no tema da pesquisa: O MILHO. Sim, a orientação era esta: faça uma pesquisa sobre O MILHO. Com certeza, eu ira ver a Barsa pessoalmente, abrir as folhas brilhantes, sentir o seu cheiro. Quem sabe, às escondidas, até dar-lhe um abraço, quando a tal senhora voltasse o olhar para o seu livro. Minha prima foi a primeira a botar as mãos no livrão. Ela não parecia animada como eu, mas seu olhar era atento. A Barsa estava próxima, meu coração disparado. Era só a parte que tinha a letra M. M de MILHO, minha pesquisa!

O dedo da minha prima apontava onde eu deveria copiar. Estava lá: falava tudo sobre MILHO. Encostei o meu no dedo no dela para que ela pudesse retirá-lo. Comecei a cópia. O livro era tão grande que eu quase me debruçava sobre ele. Olhos iam e vinham. Cuidado para não amassar a folha almaço. Minha prima, impaciente, achou melhor ela mesma copiar, depois eu é que passasse a limpo, assim não ficaríamos tempo demais ali. É que ela não sabia que eu passava quase todas as tardes na Biblioteca. Ali era a minha verdadeira casa. A vida estava ali. Eu nem sabia que eu me transformaria no somatório dos livros que leria.

Hoje, eu sou os livros que li. Não os escolhi. Eles me escolheram. Cada um deles. Sou as impressões em mim cunhadas pelas emoções que os autores transmitiram. Capitu e Luíza deixaram em minhas costas resquícios de culpa. Raskólnikov afogou-me nela. O capitão Acabe me empurra mar adentro, enquanto vejo os mortos voltarem a Antares. Minha tristeza, às vezes, se chama Dom Quixote, às vezes Metamorfose...

Amei, vivi e odiei personagens. Estive em todos os lugares do mundo e todos os lugares do mundo estiveram em mim. Atirei o Monge em cima do armário, e o Executivo também. Li Bufo & Spallanzzani sete vezes. Drácula, três. Mas nunca comprei a Barsa...

E os livros que li me levaram ao magistério. Fiz juramento e tudo no dia da formatura. Nem lembro o que jurei, mas eu queria mostrar as riquezas que encontrara nos livros que me construíram.

Foi assim que voltei à escola. Não mais para fugir das surras. Para estar envolvida no processo da vida, estar envolvida com outras pessoas. No turbilhão da construção do conhecimento. Dispus-me a virar parágrafo – ate capítulo na vida de alguém. Os homens são livros, mas também são cadernos. Ajudo a virar páginas, a superar obstáculos na sala de aula.

Mas alguma coisa andava mal. Os livros haviam perdido a graça. As Barsas decrépitas escondem-se sob o pó, enquanto vendem-se CD-ROMS. As Barsas eram lerdas, estavam sempre desatualizadas... foram para o sebo. As imagens e sons, a tecnologia formatou a magia dos livros. O livro se escolarizou. A escrita havia se escolarizado.

O livro despede-se do jovem ao final da escola. O Harry tentou ajudar a galera, com a ajuda do Capitão Cueca, mas até o Menino Maluquinho cresceu. E eles eram muito mais fortes e bonitos que o gênio do crime, que o coração de onça, que o feijão e o sonho.

Os livros ficaram lindos, caros, maravilhosos. Mas encarcerados na escola... Ninguém mais pode ler sob o meu pé de laranja lima, pois não há mais quintais. O Segredo foi revelado e tudo perdeu a graça.

O professor esqueceu-se do mais importante. Quem lê é o leitor. Quem devora as palavras são os olhos de quem lê. E se os olhos assim não o querem, haverá indigestão das ideias. Só o bom leitor gosta de ler, justamente porque é um bom leitor. Parece ser bem simples: dê à criança o que lhe interessa, ela vai aprendendo a ler bem. Ler bem dá prazer, os livros vão tornando-se cada vez mais complexos, profundos, requintados. Os professores se esqueceram de ler também... E, o pior, aqueles que admitem: Eu odeio ler.

Quem é de ler, é de ler. Dos que não são, há os que não são. Mas há muitos que não sabem do que são capazes. Só me apaixonei por Machado depois dos 20. Foi quando também passei a detestar Coelho. Fórmulas repetidas já não me satisfaziam mais. Os leitores estão condenados ao crescimento e, por vezes, sentem-se imortais qual Dorian Gray.

Eu sou só isso e tudo isto: os livros que li.

Eu, Joelson, quem sabe um dia, não escreva a minha...

Fonte:  http://www.leituracritica.com.br/rev10/evid/evid04.htm

Coração de Onça

Não lembro mais  o motivo, mas dia desses me ví pensando nas aventuras que o maravilhoso livro Coração de Onça narrava ( agora lembrei o porquê: meu filho estava lendo um livro para o colégio e eu estava tentando lembrar qual livro da minha infância que permanece na lembrança) e fui para a web pesquisar um pouco mais sobre o livro em sí e sobre seus autores, os maravilhosos Ofelia e Narbal Fontes. Achei o texto abaixo e percebi o quanto a leitura é importante para formar grandes seres humanos. Espero conseguir que meu filho de 10 anos goste tanto de ler quanto eu gostei e gosto, mas tenho que entender que os tempos são outros e a leitura, propriamente dita, não se resume somente àquela imagem de alguém concentrado com um livro na mão...

24 Janeiro 2005

Literatura Infanto-Juvenil



Tentei procurar na minha mente qual foi o primeiro livro que li na minha vida. Não sei ao certo, mas acho que foi uma coleção que possuía em casa, com histórias famosas como "João e o Pé de Feijão", "O Gato de Botas", "Branca de Neve e os Sete Anões", dentre outras. Eu era um dos raros garotos da minha sala que freqüentavam a Biblioteca Pública assiduamente e, acreditem!, por vontade própria. Li Carlos Drummond pela primeira vez com uns doze anos de idade. Além dele, li uma infinidade de bons escritores, como Fernando Sabino, Stanislaw Ponte Preta, Orígenes Lessa, Lygia Fagundes Telles, dentre outros. Mas dos vários livros que li, os que mais me marcaram (ao contrário de muitos que indicariam Monteiro Lobato ou "Polyana") foram "O Gênio do Crime" e os livros de Marcos Rey, que saíram pela coleção Vagalume, da editora Ática.

João Carlos Marinho escreveu o que eu chamaria de "o" clássico da literatura infanto-juvenil. Se você tem um filho entre 9 à 14 anos faça um favor para ele e presentei-o com esse livro magnífico. O livro, se não estou enganado, foi escrito em 1969 e não conheço nenhum jovem que o tenha lido e tenha se esquecido. A capacidade que o autor tem de despertar a paixão pela literatura é incrível. O enredo é dos mais deliciosos para uma criança: uma quadrilha está falsificando figurinhas de jogadores de futebol e cabe ao gordo e sua turma descobrir os responsáveis. O meu encontro com a obra foi por puro acaso. Apanhei-o na estante, folhei-o, comecei a ler as primeiras páginas e não conseguia mais parar. A linguagem utilizada é bem fácil e o modo como a história é conduzida faz com que o jovem devore todas as páginas de um só vez. João Carlos Marinho foi o primeiro escritor brilhante que li. Digo brilhante porque nunca antes havia imaginado que a leitura pudesse proporcionar tanto prazer quanto o prazer que eu senti ao ler aquele livro. De lá para cá foram poucos os que causaram esta mesma sensação, apesar dos vários livros que li desde então.

A Coleção Vagalume, para quem não conhece, foi um marco da literatura infanto-juvenil aqui no Brasil. Até hoje várias escolas por todo Brasil apontam obras dessa coleção para serem lidas durante o ano letivo. Boa parte dos brasileiros teve o primeiro contato com a literatura através de histórias como "Coração de Onça" e as aventuras bandeirantes de Ofélia e Narbal Fontes, "Menino de Asas" e "Cabra das Rocas", de Homero Homem, "A Ilha Perdida" e "Éramos Seis", de Maria José Dupré, além de Lúcia Machado de Almeida, com "O Caso da Borboleta Atíria", "O Escaravelho do Diabo", "Spharion" e a série com as aventuras de Xisto. Mas, para mim, são de Marcos Rey os melhores livros da coleção. "O Mistério do Cinco Estrelas", "O Rapto do Garoto Dourado" e "Um Cadáver Ouve Rádio" são livros que também estão em minha mente até hoje. São deliciosos e representam o que há de melhor em literatura infanto-juvenil aqui no Brasil. Marcos Rey conseguia como poucos prender minha atenção da primeira à última página de um livro. Assim como João Carlos Marinho, ele também conseguiu me mostrar quão maravilhoso pode ser o hábito da leitura.

É difícil imaginar como podem os pais de hoje gastarem dinheiro com Harry Potter para seus filhos com tantos livros excelentes como esses. Os fãs da série podem defendê-lo por vários fatores, mas um ponto é óbvio de ser notado: os livros da série são gigantescos para uma criança que não tem o hábito de ler "pegar gosto pela coisa". Quanto a esses livros citados anteriormente, são leves, fáceis de serem "devorados", além de possuírem histórias que permanecem fixas na imaginação por muito tempo. Hoje, sinto orgulho de poder citar tais livros junto com minhas melhores lembranças da infância.
postado por Leandro Oliveira em 11:33

fonte: http://odisseia2005.blogspot.com/2005_01_01_archive.html

‘Faca’ no ‘pescoço’ da Justiça ameaça a todos nós

Comentário do post "Faca" no "pescoço"... do blog do Edu, Cidadania.com.

Eduardo,

Penso que nós podemos levantar várias hipóteses além dessa que você levantou para entendermos as intenções e nuances que estão por trás. Se pegarmos um pouco a história de nosso país para compreendermos o presente, veremos que, a nossa Justiça, não histórico em ser igualitária em aplicar o direito positivo ou, se não houver, aplicar a justiça e a equidade.

Se vermos os primórdios de sua formação, como por exemplo, a Casa da Relação, primeiro Tribunal de Justiça que houve no Brasil, quando da chegada do aparato burocrático português em nossas terras, veremos que as causas pequenas, sempre o pobre foi o condenado, para um rico ser condenado, só em caso de lesa-majestade, pois infringia diretamente o Estado ou neste caso, a casa de Bragança.

Quando da outorgação da Constituição do Império, lá estavam o poder de nossa elite representada. Isto também se aplica quando Rui Barbosa inovou e, admirador dos EUA, à semelhança do que eles fizeram lá, Rui colocou aqui, o pensamento de Montesquieu, ou seja, os três poderes com seus freios e contrapesos. Mas quem eram os três poderes no Brasil? Como se davam a representação no Legislativo? Apenas quem tinha porção de terras ou algum bem, que fosse rico e representasse essa elite. A indicação de magistrados, idem. Isto se dá desde a velha Casa da Relação, que para ter os brasileiros representados, os baianos mandavam seus filhos estudarem em Coimbra e compreenderem aquele emaranhado de leis monárquicas portuguesas e as leis canônicas da Igreja. Relutante a isto, a coroa sempre descartou a idéia de colocar uma universidade na Bahia, como fez os espanhóis em suas colônias, porque tinham receiam de acontecer aquilo que mais tarde ocorreu, ou seja, a independência de Portugal.

Mas estas relações se dão sempre por interesses de nossa elite nativa que já estava bastante fortalecida. Dessa maneira e resumidamente, compreender todo o intricado de nossa formação pode nos dá a deixa para compreendermos como nossa Justiça age. Não há a presença na lei nem a intenção em servir o mais fraco. O que há é a criação da Lei pelo Legislativo que busca exatamente satisfazer essa elite que sempre dominou.

O que faz o judiciário? Não avança, não acelera nas decisões. Se for para condenar pobre, aplica-se a lei conforme o Direito Positivo. Se for para condenar ricos; todas as lacunas legais e seus séqüitos de advogados com HB e recursos e mais recursos como são permitidos em nosso direito.

Mas, como bem disse o Lewandovski, quando a mídia pressiona, não há direito positivo nem nem nada, há o medo, o pânico de se contrapor a elite que se faz representada no poder da mídia e que se coloca como opinião pública.

O alvo de todo o espetáculo do mensalão tem nome e sobrenome. Desde o princípio Lula foi o alvo, seria uma maneira de derruba-lo. Alguém acredita mesmo que a elite brasileira engoliu Lula? Se não fosse o povo ele teria dançado, Veja inclusive mostrou simbolicamente em uma de suas capas como gostaria que ele saísse, ou seja, com um belo tapa na bunda que o expulsasse do Planalto.

Lula não saiu e ainda conseguiu fazer uma sucessora, que foi taxada de todas as formas no decorrer da campanha. Mas qual o objetivo agora? Qual a hipótese que podemos levantar?
Dilma está sendo cozinhada em banho Maria, levantar o mensalão agora, pressionar o judiciário. Não esqueçamos que em plena campanha a Globo colocou menos de cem humoristas nas ruas da zona sul do Rio e o Judiciário imediatamente liberou aquela lei criada por FH para não ridicularizar político. Mas era preciso que a lei caísse para que Lula fosse ridicularizado. Em menos de 24 horas a Justiça atendeu. E muitos foram os pareceres em entrevistas pelos ministros do supremo dizendo que a lei não tinha nada a ver. Lembremos a entrevista do Ayres Brito, por exemplo.

A Globo tem interesses comerciais como todos sabemos. Hoje no BDB foi pensando o grau de idiota que nos medem. Mas depois pensando um pouco mais, acredito que eles não fariam o que fizeram se não tivessem o perfil do povo brasileiro de seus telespectadores. Foi patético o teatro de Míriam, Alexandre e Renata no caso da Vale. Teve até gráfico.

Qual foi a estratégia? A de sempre. Reportagem da revista, repercussão no JN, noticiar a cada trinta minutos na CBN de que o PT é culpado e Lula mentiu, entrevistar a oposição no Senado e, ao longo do dia, repercutir o caso incessantemente nas rádios das Organizações Globo, chamar os especialistas, divulgar no Globo e a imprensa paulista repercutir.

Nesse ínterim, num processo que sequer chegou ao Procurador e ao STF, mas que já está na imprensa, convidar os juristas, por exemplo Ives Gandra e dizer como será conduzido o processo. Então, meu caro, a opinião pública, leia-se a Globo e suas vontades comerciais ao lado da elite brasileira que não acolhe um governo de esquerda, pauta, dita o que os ministros devem decidir. Veremos uma retórica togada sem proporções, um jogo de ego diante das luzes da imprensa e, finalmente, veremos o veredicto de nosso direito.

Nunca um político foi julgado pelo Supremo, até porque é a primeira vez que a esquerda foi ao poder, trabalhar para que esta esquerda seja punida, terá um simbolismo e significado políticos importantes na História do país. Estarão dizendo não para a esquerda, mas para Lula sobretudo e um recado velado ao povo brasileiro. Você nunca deveria ter saído do seu lugar, deveria ter ficado onde sempre esteve. Quer ver um exemplo? Vejam a perseguição a Tiririca.

O recado é para Tiririca e Lula, mas não apenas isto, o recado é para o povo, não saiam de onde vocês estão, deixa que nós cuidamos do pão e do circo. Damos nossas novelas, nossos BBBs o que queremos é a audiência para negociarmos a nossa publicidade. O que queremos é a manutenção do poder. O povo tem a sua utilidade e é para isso que ele sempre será usado, mas ultrapassar, quebrar a barreira que foi estabelecida desde os primórdios, não será permitido. Portanto, não me surpreenderá, pelo histórico de nossa Justiça, se eles forem punidos. A intenção não é a punição do político, a intenção é punir o Lula e, conseqüentemente todo o PT. Já foram vitoriosos em derrubar Dirceu, derrubam Lula no STF e depois derrubam Dilma com uma campanha muito mais perversa do que a que vimos nas últimas eleições. Resta saber se estas estratégias serão todas conseguidas. Aguardemos os próximos capítulos.


09 março 2011

http://baixandonafaixa.blogspot.com/: Documentário - "Cidadão Boilesen" [Doc. Raro]

http://baixandonafaixa.blogspot.com/: Documentário - "Cidadão Boilesen" [Doc. Raro]: "Um capítulo sempre subterrâneo dos anos de chumbo no Brasil, o financiamento da repressão violenta à luta armada por grandes empresários, g..."

01 março 2011

Não, eu não esqueci.
Dia 28 de fevereiro de 2011 meu irmão faria 39 anos, se vivo.
Parabéns, cara, você continua sendo fonte de inspiração para esse saudoso irmão.

27 fevereiro 2011

Los Hermanos - jornalista - anna julia

24 fevereiro 2011


Curiosidades do mundo animal: Meu filho de dez anos estuda em escola particular, período integral. Já há algum tempo vem reclamando do preso da mala que usa para levar o material do dia, já que a mala que usava ano passado e que tinha rodinhas (estilo mala de aeroporto) esse ano ficou pequena e está levando o material numa estilo mochila que por conta do  peso é impossível ser levada presa às  costas. Deve ser tentador para alguém, na idade dele, pôr a mochila nas costas, pois insistentemente tenho de lembrá-lo que aquele peso todo prejudicará sua coluna. Dia desses paramos para analisar o porquê de tanto peso e ele e eu chegamos à conclusão de que os livros didáticos é que são os "vilões" dessa história. Livros que são caros, feitos e impressos com papel de primeiríssima qualidade, espessos, provavelmente de difícil reciclagem. E pesados.
A solução será comprar uma mala de rodinhas, maior, para facilitar o transporte do material do/pelo filhão.

Curiosidades do mundo animal:
Meu filho de dez anos estuda em escola particular, período integral. Já há algum tempo vem reclamando do peso da mala que usa para levar o material do dia, já que a mala que usava ano passado e que tinha rodinhas (estilo mala de aeroporto) esse ano ficou pequena e está levando o material numa estilo mochila que por conta do  peso é impossível ser levada presa às  costas. Deve ser tentador para alguém, na idade dele, pôr a mochila nas costas, pois insistentemente tenho de lembrá-lo que aquele peso todo prejudicará sua coluna. Dia desses paramos para analisar o porquê de tanto peso e ele e eu chegamos à conclusão de que os livros didáticos é que são os "vilões" dessa história. Livros que são caros, feitos e impressos com papel de primeiríssima qualidade, espessos, provavelmente de difícil reciclagem. E pesados.
A solução será comprar uma mala de rodinhas, maior, para facilitar o transporte do material do/pelo filhão.

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22 fevereiro 2011

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Zeitgeist

"Numa sociedade decadente, a arte, se verdadeira, deve também refletir essa decadência.
E a menos que ela deseje trair sua função social, a arte deve mostrar o mundo como mutável.
E ajudar a mudá-lo."
- Ernst Fischer.

Zeitgeist - Moving Forward


   Minha avó era uma pessoa maravilhosa. Ela me ensinou a jogar Banco Imobiliário. Ela entendia que o objetivo do jogo é comprar. Ela acumulava tudo o que podia e sempre acabava dominando o tabuleiro.  E depois ela sempre me dizia a mesma coisa. Ela olhava para mim e dizia:
- Um dia você vai aprender a jogar o jogo.
  Num verão, eu joguei quase todos os dias, o dia inteiro e então aprendi a jogar o jogo. Compreendi que a única forma de ganhar  é se comprometendo totalmente à aquisição.  Aprendi que o dinheiro e as posses são as formas de continuar pontuando. Ao final daquele verão, tornei-me mais impiedoso que minha avó. Estava pronto para dobrar as regras para ganhar o jogo.
   Naquele outono, me sentei para jogar com ela. Tomei tudo que ela tinha. Eu a observei
entregar seu último dólar e desistir em completa derrota. E então ela tinha algo a mais para me ensinar. Então ela disse:
 - Agora tudo volta para a caixa. Todas aquelas casas e hotéis. Todas as ferrovias e utilidades públicas. Todas as propriedades e todo esse dinheiro maravilhoso. Agora tudo volta para a caixa.
Nada disso era realmente seu. Você se empolgou muito com isso por um tempo. Mas tudo já estava aqui muito antes de você se sentar à mesa e continuará aqui depois de você ir embora -- jogadores vem e vão. Casas e carros... Títulos e roupas... até o seu corpo. Porque o fato é que tudo que eu pego, consumo e guardo voltará para a caixa e irei perder tudo. Então você precisa se perguntar quando finalmente receber a melhor promoção, quando fizer a melhor compra, quando comprar a melhor casa, quando tiver segurança financeira e subido a escada do sucesso até o degrau mais alto que você pode alcançar... E a emoção acabar - e ela vai acabar... - e depois?
Quão longe você precisa seguir nesta estrada até perceber aonde ela leva? Certamente você entende que nunca será o bastante. Portanto, você precisa se perguntar:
O que importa?

Texto do início do filme/documentário Zeitgeist - Moving Forward

18 fevereiro 2011

Manual da Imprensa Golpista

Jovem estudante de jornalismo, não se iluda: a profissão que abraçará, à diferença de todas as outras neste país em processo de euforia econômica, oferece muito poucos bons empregos – entenda-se empregos em empresas que ofereçam perspectivas de ascensão profissional e econômica.

E os poucos empregos promissores que existem, nem são tão bons porque obrigarão o jornalista neófito a violar os princípios éticos que lhe forem ensinados na universidade e a própria dignidade, tendo que curvar a espinha a cada edição do veículo em que for trabalhar. E em qualquer vertente do jornalismo da grande imprensa.

Essa situação se deve à concentração da propriedade de meios de comunicação, à propriedade cruzada desses meios e dos critérios políticos para entrega de concessões públicas de rádio e tevê a algumas poucas famílias que controlam toda a grande mídia brasileira.

Acima de todas essas famílias midiáticas, míseras quatro controlam o “centro nervoso” da comunicação no Brasil: as famílias Marinho, Frias, Civita e Mesquita. Depois delas, mais umas três ou quatro formam tentáculos dos quais se ramificarão mais algumas dezenas de empresas de médio e pequeno porte que reproduzirão o que veicular o tronco dessa árvore cartelizada da comunicação.

A oportunidade de conseguir algum dos poucos empregos nesses veículos só existirá na medida em que você, caro estudante de jornalismo, estiver disposto a seguir um manual que vai mudando de personagens através dos anos, mas que mantém sempre os mesmos “princípios”.

Esse manual se baseia, acima de tudo, em crenças e conveniências político-ideológicas e econômicas das famílias midiáticas. E como essas empresas se amparam em benesses que conseguiram institucionalizar no Brasil por terem permanecido “amigas” do Estado por décadas incontáveis, tudo passa pela postura político-ideológica do candidato a emprego.

Se você, estudante de jornalismo, desviar-se dos ditames dessa postura, estará condenado a se tornar assessor de imprensa de empresas, políticos ou celebridades, ou a tentar a imprensa dita “alternativa”, que mal consegue sobreviver justamente porque os recursos públicos são uma espécie de monopólio das famílias supracitadas.

A seguir, leia e entenda esse manual de corrupção e submissão da alma. E decida se é o que quer para você.

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MANUAL DA IMPRENSA GOLPISTA

1 – Ser antipetista, mas sempre se dizendo um petista “arrependido devido à corrupção do governo Lula”.

2 – Afirmar que o êxito econômico e social do Brasil durante o governo Lula é mérito do governo FHC, ignorando todas as catástrofes sociais e econômicas que ocorreram no governo tucano.

3 – Afirmar que a ditadura militar de 1964 foi implantada para “impedir uma ditadura comunista no Brasil”, mas sem jamais perguntar onde estão as provas disso.

4 – Afirmar que a Venezuela é uma ditadura mesmo a despeito de que vige o voto livre no país e de que nenhuma das suas muitas eleições sofreu qualquer questionamento sério, tendo sido todas referendadas por observadores internacionais.

5 – Condenar previamente todos os petistas envolvidos no escândalo do mensalão – José Dirceu à frente – com base apenas no fato de que estão sendo julgados. E afirmar, peremptoriamente, que Lula foi o mentor de tudo.

6 – Dizer que todas as absolvições de petistas e aliados em processos judiciais decorrentes de escândalos inflados ou inventados pela mídia são produto de farsa jurídica, enquanto usa as absolvições jurídicas de tucanos para denunciar que foram vítimas de armações políticas.

7 – Jamais investigar qualquer denúncia contra o governo paulista ou contra qualquer tucano, limitando-se a fazer uma matéria meio antipática a cada seis meses ou um ano só para disfarçar, enquanto produz ataques diários a petistas e aliados.

8 – Afirmar que Lula foi culpado pelos desastres dos aviões da TAM e da Gol apesar de que as investigações e perícias mostraram que foram culpa de pilotos e do equipamento.

9 – Afirmar que Antonio Palocci violou o sigilo do caseiro Francenildo apesar de o atual ministro-chefe da Casa Civil ter sido absolvido pela Justiça.

10 – Ficar do lado da Itália e contra o Brasil na questão da extradição do ativista italiano Cesare Battisti, assumindo cada argumento italiano in limine e criticando sempre os motivos do governo brasileiro, ignorando qualquer argumento em contrário.

11 – Ficar sempre a favor de golpes ou tentativas de golpes de Estado contra governos de esquerda, como no caso de Honduras, Venezuela ou Bolívia, e ficar no mínimo isento em casos assim quando o governo for de direita.

12 – Sempre lembrar com muito, mas muito maior ênfase o que persiste de ruim no Brasil do que o que melhorou, atribuindo todos os problemas históricos do país ao governo Lula, acusando-o por não resolvê-los de uma vez e desconsiderando o que fez para diminui-los como nenhum outro governo.

13 – Sempre puxar o saco de FHC apesar de ele ser rejeitado por quase 80% da opinião pública, segundo as pesquisas sobre sua popularidade.

14 – Sempre tratar Serra como vítima do PT, apesar de ser talvez o político mais beligerante do país ao lado de Ciro Gomes.

15 – Sempre afirmar que o PT fez, sim, dossiês contra o PSDB, apesar de jamais ter surgido uma única prova cabal dessa hipótese.

16 – Sempre dizer que o estilo discreto de Dilma agrada mais a todos do que a “verborragia” de Lula, mas sempre sem dizer de onde tirou a informação.

17 – Garantir que Serra não foi atingido por uma bolinha de papel na campanha eleitoral passada, mas por um rolo de fita crepe pesando 1 quilo, ignorando as perícias de universidades dizendo o contrário.

18 – Bloquear, em colunas de cartas de leitores, quase todas as manifestações favoráveis ao PT ou a governos do “eixo do mal” de outros países, ou seja, de Cuba, Venezuela, Irã e Bolívia. E, ao mesmo tempo, brandindo sempre intenções de petistas de promoverem “censura”.

19 – Ser visceralmente contra cotas para negros nas universidades, afirmando sempre que formados através dessas cotas serão profissionais inferiores, apesar dos estudos das universidades que mostram que cotistas se saem igual ou melhor do que os não-cotistas.

20 – Tratar o MST como uma organização criminosa violenta apesar de os sem-terra serem vítimas de atrocidades homicidas praticadas pelos latifundiários, que dificilmente sofrem violência física na disputa pela terra.

21 – Entender, aceitar e defender a premissa de que jornalista que quer ganhar dinheiro e ser famoso hoje no Brasil só pode ter uma opinião: a do patrão.

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Deve faltar muita coisa nesse “manual” de antijornalismo da Imprensa golpista. Quem se lembrar de algo que não tenha sido mencionado pode complementar a lista, que irá sendo aumentada conforme as sugestões não-repetidas forem chegando.

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SUGESTÕES DOS LEITORES

22 – Afirmar, categoricamente, que o Bolsa Família significa “Bolsa Esmola” e que irá transformar milhões de brasileiros em vagabundos que vivem às custas do Estado.

23 – Definir o Lula como um sapo bêbado sortudo que surfou na maravilhosa economia global durante todo o seu mandato.

24 – Insistir que o Lula é quem considerava a Dilma um poste sem a menor qualificação para o cargo de presidenta do Brasil.

25 – Afirmar que os blogueiros independentes são todos petistas, indistintamente, e que recebem benesses do PT de forma direta ou indireta.

26 – Dizer que o Brasil é uma república sindicalista e portanto os sindicatos são todos pelegos e vivem às expensas do Estado brasileiro.

27 – Repetir o mantra neoliberal do Estado Mínimo, mesmo sabendo que até mesmo no maior país capitalista do mundo, os EUA, o Estado tem intervido na economia.

28 – As fotos publicadas de esquerdistas devem causar repulsa, ao contrário das dos representantes da direita.

29 – Ler diariamente a coluna do Merval em O Globo, assistir religiosamente a Míriam Leitão no Bom Dia Brasil, da Globo, e ouvir, com fervor, o comentário do Jabor na CBN. E repetir, em seus textos e conversas, todos os argumentos desenvolvidos por esses luminares da grande mídia brasileira.

30 – Insistir dia sim e outro também que a Dilma foi eleita pelos votos dos miseráveis analfabetos.

31 – Afirmar que Lula aparelhou o estado, nomeando os companheiros para os cargos públicos.

32 – Sempre que surgir qualquer fato negativo em alguma esfera de governo, mencionar com destaque se o partido responsavel for de esquerda ou algum aliado, caso contrario não mencionar o Partido

33 – Sempre fazer manchetes com uma segunda parte, mais ou menos assim: Governo tira 100% da miséria, mas ricos estão perdendo terreno.

34 – Afirmar que o Banco Panamericano recebeu recursos via Caixa a mando do Lula pra eleger a Dilma via SBT.

35 – Afirmar, categoricamente, que Dilma é a favor do aborto, que defende a morte, mas que a classe alta (por exemplo, mulher do Serra) pode fazer aborto – no Chile, é claro.

36 – Insinuar, em toda oportunidade que for possível, que o ex-presidente Lula tem falha de caráter, é alcoólatra e foi conivente com a corrupção.

37 – Para fazer futrica política entre Dilma e Lula, afirmar sempre que o governo Dilma é eficiente e discreto, ao contrário do governo do presidente Lula, que falava demais e não respeitava a liturgia do cargo.

38 - Afirmar sempre que o sonho de todo petista é censurar a impoluta, imparcial e magnânima mídia conservadora brasileira, esta sim a verdadeira defensora da democracia e dos interesses dos pobres, fracos e oprimidos do Brasil.

39 – No período das eleições para qualquer cargo, seja para prefeito, governador ou presidente, não ter a menor vergonha na cara e culpa de consciência de agir como militante político da direita, inclusive podendo transformar a redação e o meio de comunicação em comitê de campanha contra os petistas.

40 – Na eleições, dar todo o destaque a qualquer denúncia contra qualquer petista, de qualquer nível e transformar imediatamente o caso em escândalo político nacional; já se a denúncia for contra tucano ou demo, ignorar o assunto, por mais grave que seja, ou, se não der para esconder, dar algumas notinhas e sumir com o assunto da pauta o mais rápido.

41 – Nos temas mais técnicos ou polêmicos, mencionar a “opinião insuspeita” de “especialistas reconhecidos”; sempre e quando os tais “especialistas” tenham, exatamente, a mesma opinião do baronato da mídia e, de preferência, tenham vínculo notório e inegável com a oposição e o conservadorismo.

42 – Sempre esconder os crimes contra a Humanidade praticados semanalmente pelo Estado de Israel contra o Povo Palestino ao mesmo tempo em que retrata os israelenses como vítimas inocentes do povo árabe.

43 – Publicar documentos falsificados de petistas e argumentar que não pode garantir que sejam verdadeiros, mas tampouco comprovar que são falsos.

44 — Nunca tocar em escândalo se envolver alguém que tenha parentesco ou proximidade com um colega com algum partido da direita, mas somente da direita, mas, caso seja o contrário, dê enfase para desacreditar o colega.

45 – Caso não tenha competência para falar rebuscadamente o que quer o patrão e vá aparecer na mídia televisada, aprenda a fazer caras e bocas quando citar um político de esquerda.

46 – Se um antigo coronel de modos suspeitos de se conduzir na política se bandear para a esquerda, arreie o pau nele e quem estiver com ele diuturnamente. Nos outros, seus antigos pares, mas que ainda estão mais à direita, não!

Fonte, grande Edu Guimarães, aqui

16 fevereiro 2011

Em quadrados, um acima do outro, o Bêbado.
Acompanhemos.

10 fevereiro 2011

Gostaria, um dia, que a Cida e o Bébe lessem isso, mas não sei.
A mãe não poderia, e nem pôde, me dar guia de moral. Saberemos avaliar isso?
Não fazer isso, não fazer aquilo - meu pai nunca me disse, por ser extremamente mudo, analfabeto, lenhador, pedreiro, marceneiro e etc.
Então de onde vem essa necessidade de ser justo com todos?
Do meu pai analfabeto, dos quais ví tantos tios a tirar sarro na minha infância?
Será?
Será que meu pai tinha o seu ambiente a seu favor?
Será?

08 fevereiro 2011

Assisti, e gostei muito.
Filme viajão, com imagens belíssimas, que fascinam e assustam.
Genial.


Koyaanisqatsi – vida fora de equilíbrio

fevereiro 3rd, 2008 § 2 Comentários

Vida fora de equilíbrio, em processo de desagregação – assim traduz-se Koyaanisqatsi, termo da língua hopi, uma das mais antigas nações indígenas norte-americanas.

Koyaanisqatsi é um documentário lançado em 1983, produzido por Francis Ford Coppola, dirigido por Godfrey Reggio e com música do compositor Philip Glass. Composto de música e imagens, sem nenhuma fala, mostra-se um impactante e fascinante dossiê sobre o processo civilizatório da humanidade, desde a descoberta da natureza até a perdição do homem, que passa a destruir a matriz da qual se origina. O filme lança uma imensa dúvida sobre a idéia de progresso, com seqüências que alternam imagens serenas com outras assustadoras e dilacerantes. Um espetáculo de imagem e som, um trabalho original, um estímulo emocional, espiritual, intelectual e estético.

Outros dois filmes compõem a trilogia Qatsi: Powaqqatsi (1988) e Naqoyqatsi (2002).

fonte: http://fabriciokc.wordpress.com/2008/02/03/koyaanisqatsi/

28 janeiro 2011

Abaixo uma tentativa de tradução de uma música que achei muito marcante de uma banda que "descobri" no segundo semestre do ano passado, a Tiles.
Os caras, além de excelentes músicos, têm letras muito bacanas e que tratam de simbologia, humana e religiosa, inclusive.
Trata-se de Changing the Guard, do álbum Fence The Clear (1997).

Troca de Guarda

Definhando com o coração pesado
À vista de dor e medo
movimentos contorcidos cessam
Em pé sozinho no claro
Retirado e imóvel
A agonia termina em paz
Olhos fixos refletem a descrença

Segundos passam lentamente
Desencadeados por acidente
Confuso e despreparado
Perdendo a luta contra o medo
Passando lentamente, nenhuma graça salvadora prevalece
Outra lição dolorosa falha

Superar o claro
Transpor as barreiras implícitas
Compreender as razões pelas quais...
Ouça o réquiem
O peso dos encargos devidos
Retirar a dúvida, rejeitar as mentiras
Trocar a Guarda
Segurar o momento, curar as cicatrizes
Mudar o guarda, ouvir o réquiem
Colocar a culpa para descansar

Momentos turvos de reflexão
Como a repetição de uma repetição
Pensamentos vívidos tornam-se escuridão
Resquícios de culpa para defender
Derramando lágrimas de dor
Nenhuma explicação consola
O sol brilha na alma que passa

Superar o claro
Transpor as barreiras implícitas
Compreender as razões pelas quais...
Ouça o réquiem
O peso dos encargos devidos
Retirar a dúvida, rejeitar as mentiras
Trocar a Guarda
Segurar o momento, curar as cicatrizes
Trocar a Guarda, ouvir o réquiem
Colocar a culpa para descansar

Superar o claro
Transpor as barreiras implícitas
Compreender as razões pelas quais...
Ouça o réquiem
O peso dos encargos devidos
Retirar a dúvida, rejeitar as mentiras
Trocar a Guarda
Segurar o momento, curar as cicatrizes
Mudar o guarda, ouvir o réquiem
Colocar a culpa para descansar

Trocar a Guarda
Segurar o momento, curar as cicatrizes
Trocar a Guarda
Ouvir o réquiem
Colocar a culpa
Para descansar

12 janeiro 2011

É presidenta, mesmo ! Com “a”

O Brasil ainda está longe da feminização da lín-gua ocorrida em outros lugares. Dilma Rousseff adotou a forma “presidenta”, que assim seja chamada.
Se uma mulher e seu cachorro estão atraves-sando a rua e um motorista embriagado atinge essa senhora e seu cão, o que vamos encontrar no noticiário é o seguinte: “Mulher e cachorro são atropelados por motorista bêbado”. Não é impressionante? Basta um cachorro para fazer sumir a especificidade feminina de uma mulher e jogá-la dentro da forma supostamente “neutra” do masculino. Se alguém tem um filho e oito filhas, vai dizer que tem nove filhos. Quer dizer que a língua é machista? Não, a língua não é machista, porque a língua não existe: o que existe são falantes da língua, gente de carne e osso que determina os destinos do idioma. E como os destinos do idioma, e da sociedade, têm sido determinados desde a pré-história pelos homens, não admira que a marca desse predomínio masculino tenha sido inscrustada na gramática das línguas.
Somente no século 20 as mulheres puderam começar a lutar por seus direitos e a exigir, inclusive, que fossem adotadas formas novas em diferentes línguas para acabar com a discriminação multimilenar. Em francês, as profissões, que sempre tiveram forma exclusivamente masculina, passaram a ter seu correspondente feminino, principalmente no francês do Canadá, país incomparavelmente mais democrático e moderno do que a França. Em muitas sociedades desapareceu a distinção entre “senhorita” e “senhora”, já que nunca houve forma específica para o homem não casado, como se o casamento fosse o destino único e possível para todas as mulheres. É claro que isso não aconteceu em todo o mundo, e muitos judeus continuam hoje em dia a rezar a oração que diz “obrigado, Senhor, por eu não ter nascido mulher”.
Agora que temos uma mulher na Presidência da República, e não o tucano com cara de vampiro que se tornou o apóstolo da direita mais conservadora, vemos que o Brasil ainda está longe da feminização da língua ocorrida em outros lugares. Dilma Rousseff adotou a forma presidenta, oficializou essa forma em todas as instâncias do governo e deixou claro que é assim que deseja ser chamada. Mas o que faz a nossa “grande imprensa”? Por decisão própria, com raríssimas exceções, como CartaCapital, decide usar única e exclusivamente presidente. E chovem as perguntas das pessoas que têm preguiça de abrir um dicionário ou uma boa gramática: é certo ou é errado? Os dicionários e as gramáticas trazem, preto no branco, a forma presidenta. Mas ainda que não trouxessem, ela estaria perfeitamente de acordo com as regras de formação de palavras da língua.
Assim procederam os chilenos com a presidenta Bachelet, os nicaraguenses com a presidenta Violeta Chamorro, assim procedem os argentinos com a presidenta Cristina K. e os costarricenses com a presidenta Laura Chinchilla Miranda. Mas aqui no Brasil, a “grande mídia” se recusa terminantemente a reconhecer que uma mulher na Presidência é um fato extraordinário e que, justamente por isso, merece ser designado por uma forma marcadamente distinta, que é presidenta. O bobo-alegre que desorienta a Folha de S.Paulo em questões de língua declarou que a forma presidenta ia causar “estranheza nos leitores”. Desde quando ele conhece a opinião de todos os leitores do jornal? E por que causaria estranheza aos leitores se aos eleitores não causou estranheza votar na presidenta?
Como diria nosso herói Macunaíma: “Ai, que preguiça…” Mas de uma coisa eu tenho sérias desconfianças: se fosse uma candidata do PSDB que tivesse sido eleita e pedisse para ser chamada de presidenta, a nossa “grande mídia” conservadora decerto não hesitaria em atender a essa solicitação. Ou quem sabe até mesmo a candidata verde por fora e azul por dentro, defensora de tantas ideias retrógradas, seria agraciada com esse obséquio se o pedisse. Estranheza? Nenhuma, diante do que essa mesma imprensa fez durante a campanha. É a exasperação da mídia, umbilicalmente ligada às camadas dominantes, que tenta, nem que seja por um simples – e no lugar de um –a, continuar sua torpe missão de desinformação e distorção da opinião pública.
Marcos Bagno é professor de Linguística na Universidade de Brasília.
Via CartaCapital

fonte: http://www.conversaafiada.com.br

Saiba o significado das gírias em inglês mais usadas na internet

Não sei você, mas eu sou um grande adepto de gírias gringas, principalmente aquelas que facilitam nosso em programas como Gtalk e MSN. Palavras como LOL, yay, yep e tantas outras já fazem parte do vocabulário digital do brasileiro. Só que por várias vezes eu tenho que desviar o assunto para explicar o significado da gíria (isso quando perguntam né?).

Se você foi (ou é) do tipo de pessoa que não pergunta nada ao professor com medo de passar vergonha na sala de aula já perdeu (e perde) a chance de aprender muita coisa nesse mundão chamado Terra.

Foi pensando nisso que sites e mais sites surgem na internet com intuito de ajudar os envergonhadinhos. Um deles é o internetslang, um simples e eficaz tradutor de gírias virtuais. Lá você consegue consultar as gírias que não entende. Então, não se esqueça de consultar o site sempre que você tiver alguma dúvida. Enjoy ;D


Abaixo uma lista de abreviações e gírias em inglês (com seu significado) usadas na internet, principalmente, no MSN, chats, Twitter e jogos:

AFK = do inglês “Away From The Keyboard”. Tradução – Longe do computador
AKA = “Also Known As” – Tambem conhecido por
ASAP = do inglês “As Soon As Possible”. Tradução – O mais rapidamente possível
ASL = Age, Sex, Location. Tradução – Idade, Sexo, Localização
BBL = “Be back later”. Tradução – Volto mais tarde !
BBQ Do inglês Barbecue. Tradução - Churrasco
BBS = “Be Back in a Second”. Tradução – Volto num segundo!
BCNU = “Be Seeing You”. Tradução – Até à vista
BFN = “Bye, for now”. Tradução – Adeus, até logo
BRB = “Be Right Back”. Tradução – Volto já!
BTW = do inglês “By The Way”. Tradução – A propósito, aliás, por falar nisso, etc.
CYA = see you [later]. Tradução – até [mais] logo.
Fail = Gíria americana que signfica falha, mico, constrangimento, fracasso.
Feelingssignfica sentimento, muio usado no Twitter para dizer que algo trás boas lembranças e etc.
FYI = “For Your Information” Tradução – Para sua informação
GTG, G2G = “Got to go”. Tradução – Tenho que ir
HTH = “Hope This Help”. Tradução – Espero que isto ajude
IRC = É a abreviatura de “Internet Relay Chat”
KINDA = Do inglês “Kind of” adv. somewhat, a bit, moderately (slang), um pouco
LOL = Abreviatura do inglês “Loughing Out Loud”, que em português se pode traduzir por “Rindo bem alto”
MOFO = Mother Fucker - Filho da mãe.
MORF = do inglês Male Or Female. Masculino ou Feminino ?, você é homem ou mulher? (também se usa “M or F?”)
Noob = Do inglês "New Boy", ou seja, um novato no jogo que ainda não sabe das coisas.
NFW = “No Fucking Way”. Tradução – Nem pensar nisso, de jeito nenhum!
NSFW = “Not safe for work” traduzindo como “Não seguro para o trabalho”. Utilizado para identificar conteúdo pronográfico.
NP = “No Problem”. Não tem problema!
NRN = “No Reply Necessary”. Tradução – “não precisa responder, não requer resposta”
OIC = do inglês “Oh I See”. ah sim, entendi
OMG = “Oh My God”. Oh Meu Deus
Owned ou 0wn3d algo como detido, é utilizado para demonstrar uma grande humilhação sobre o adversário.
PPL = people. Traduzindo: pessoal, pessoas, galera
PVT = abreviatura para private. Pessoal, particular.
ROFL = “Rolling on the Floor Laughing”, uma “evolução” de LOL que significa “rolando no chão de tanto rir”
STFU = Shut The F.u.c.k Up. Tradução - Cale a p*** da boca
THX = Thanks – Obrigado (também se usa TKS)
TTYL = “Talk To You Later”. Tradução –Conversamos mais tarde
U = “you”. Tradução –você
YAY = é uma exclamação de aprovação.
YEP = "Yes" traduzindo: sim
WTF? What The F.u.c.k. Tradução- Mas que m*** é essa?

fonte: http://www.pitacosmodernos.com.br/2011/01/saiba-o-significado-das-girias-em.html