A democracia não é o melhor dos regimes. É o menos mau. Experimentamos um pouco de todos os regimes e agora podemos compreender isso. Albert Camus, escritor franco-argelino, novembro de 1948.
Esse discurso de "Fora Lula" é hoje obra da irresponsabilidade, da demência e do rancor de quem não está nem aí para a sorte do povo brasileiro. Mais leviano parece esse grito quando se procura atribuí-lo ao choque emocional que nos atingiu a todos com a tragédia do avião da TAM. Infelizmente, alguns eternos golpistas querem se aproveitar para expressar os piores sentimentos, que vão do vil preconceito contra a ascensão de um homem do povo até a obsessão de poder, que perseguem a qualquer preço.
Nessa catilinária de tintura sensacionalista, que só serve para enfraquecer as críticas consistentes ao governo, esses reacionários demonstram o quão de obsoletos e decrépitos são ao tentarem reacender velhas paranóias, como a arenga do anticomunismo, bordão fétido, que serviu para que usurpadores civis e militares prestassem serviço aos patrões norte-americanos, naquela época tenebrosa em que a corrupção internacional comprava uns e assustava a outros.
Nostálgicos da ditadura - Esses incorrigíveis nostálgicos dos porões da ditadura deveriam ficar quietinhos, aproveitando-se da generosidade da gente brasileira. Aqui, nenhum torturador assassino, nenhum preposto dos trustes foi a julgamento, como aconteceu na Argentina, onde os gendarmes que traíram as fardas foram condenados à prisão perpétua e até hoje respondem a processos e ao escárnio público. Quem tem autoridade para criticar Lula não é a súcia do arbítrio que caiu de podre. Nem os celerados de uma época de terror, muitos dos quais roubaram estatais, receberam propinas dos trustes e assassinaram oposicionistas, num macabro recital que nos subtraiu vinte preciosos anos de vida e liberdade.Também não têm autoridade para falar em fora Lula os mesmos cúmplices que ainda ontem participavam da farra das doações de nossas empresas nacionais, sob a batuta do professor que também abjurou de suas idéias pretéritas e mandou rasgar seus livros.
Fonte: Desabafo País
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