12 junho 2007

Revolucionária internet
Do blog Cidadania On Line, http://edu.guim.blog.uol.com.br/

Imagine um mundo em que qualquer pessoa que saiba transpor suas idéias para um texto competentemente ou que consiga imagens que desmintam manipulações de fatos possa desmentir os maiores impérios de comunicação. Bem, esse mundo é o seu (o nosso). O futuro chegou.
Os computadores caem de preço a cada minuto e o acesso a eles vai se tornando cada vez mais fácil. Ainda há os excluídos digitalmente? Sim, muitos. Mas a dinâmica da tecnologia e os interesses econômicos trabalham incessantemente para mudar isso.
Um círculo virtuoso foi desencadeado pela conjunção dos interesses econômico-comerciais que envolvem a internet. E ela própria, por sua natureza, é incontrolável. Ninguém consegue censurar com eficiência total a rede mundial de computadores nem em regimes totalitários.
Os impérios de comunicação resistem. Agem como se ainda detivessem a hegemonia da comunicação, o que vem fazendo com que se desmoralizem progressivamente, pois um grande veículo de mídia dá uma versão dos fatos neste minuto e no minuto seguinte o contraditório se espalha pela internet como fogo em folhas secas.
A perda da hegemonia na comunicação por parte dos impérios de mídia é um fenômeno que os próprios interesses desses impérios ainda tentam dificultar a difusão e as análises. As classes sociais do topo da pirâmide estão em pânico. A elite social-étnica-ideológica-econômica sempre baseou sua preponderância na deturpação da informação.
O mero estudo da história da humanidade revela o papel do controle da informação como determinante da supremacia de alguns grupos sociais-étnicos-ideológicos-econômicos sobre grupos mais pobres, de etnias subjugadas e com ideologias "subversivas". Um mundo em que a informação circule livremente é um mundo ainda impensado adequadamente.
Tenho para mim que a única forma de os grupos sociais-étnicos-ideológicos-econômicos dominantes manterem seus privilégios seria conseguirem uma forma de censurar a internet. Porém, fazê-lo me parece praticamente impossível.
Há um mundo novinho em folha vindo aí. Penso que o próprio homem, como vem fazendo no decorrer da história, conseguirá vencer a desigualdade e a injustiça. Esse é o destino de nossa espécie. O intelecto humano ainda se mostrará maior do que os sentimentos humanos mais primitivos como o egoísmo.
Há uma beleza incomparável na evolução do intelecto humano. Chega a me parecer uma prova da existência de Deus.