20 agosto 2009

Sobre sorrisos não dados...

Acreditava em tudo o que me diziam
quando eu era criança
Mas eu não entendia quase nada
quando eu era criança
 
Meu pai e minha mãe sempre foram
o meu sonho e o meu pesadelo
Que eu quis evitar e fugir
mas não consegui crescer sem tê-los
 
Eu sempre fazia meus planos
sem nunca pensar no futuro
E conviver com isso é duro.
 
Meu patrão hoje me disse:
-Você está sempre atrasado!
(Parecia meu pai irritado)
Um guarda hoje me disse:
-O sinal estava vermelho!
(Lembrei de mamãe e seus conselhos)
 
Eu sempre quis saber:
o que vou ser, quando crescer?
O tempo passou, e eu crescí.
Sempre a mesma dúvida,
sempre a mesma incerteza:
O que é que eu estou fazendo aqui?
 
(Enquanto escrevo lembro de uma época, na juventude, em que a poesia não era tão concreta. Mas também era dura, como os tempos que enfrentávamos).
 

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