09 novembro 2009

Motta: As palavras de Caetano

Atualizado e Publicado em 08 de novembro de 2009 às 15:35

Crônicas do Motta

Palavras e mais palavras
 
Caetano Veloso vive de música e de palavras. Quando está meio esquecido, lá vem ele com alguma polêmica. Gosta de usar os jornalões para isso - a Folha é sua preferida, mas vale também o Globo, o Estadão, o que estiver mais à mão.

A última dele, todos sabem, foi chamar o presidente Lula de analfabeto, cafona e grosseiro. Claro que a declaração teve todo tipo de reação. Muitos se indignaram com tamanha falta de educação, tamanha exibição de preconceito. Outros, que odeiam o presidente, bateram palmas e elegeram Caetano o ídolo do momento.

Como a internet é implacável, foi fácil recolher algumas jóias do pensamento velosiano. Por elas se percebe claramente que o baiano é um boquirroto incontrolável e seu cérebro sempre foi um tanto, digamos, confuso. Sei lá, pode ser coisa de artista.
Vamos então à pequena, mas esclarecedora coletânea:
 
"Não sou modesto, sou leonino, mas sempre que pude melhorei."
 
"Sou um subintelectual de miolo mole."
 
"Não sou branco. Nem sou homem."
 
"Agora, é votar no Lula."
 
"Eu votaria no Lula, no Ciro, votaria no Serra."
 
"Não acredito em Deus nem em vida após a morte."
 
"Eu tinha medo de eles quererem fazer de eleição revolução. Sou muito ignorante em política, mas tinha medo. Eu era igual à Regina Duarte. Mas votei no Lula. E vi que não. O momento era Lula, o Brasil tinha de ser isso."
 
"Fizeram uma espécie de festival Woody Allen no Telecine Cult. Vi por acaso: passavam os filmes nas horas em que vou me deitar. Gostei de todos: dos que revi e dos que nunca tinha visto. Mas sei que ter saído de casa para ir ao cinema era um pouco demais para filmes tão estreitos. A TV é o perfeito veículo para Allen.O primeiro filme dele que vi foi Boris Gruschenko e achei que parecia um programa de TV meio malfeito. Depois, ele melhorou a estrutura dos roteiros e o uso da câmera. Passou a fazer filmes melhores. Mas sempre muito anti-sixties,um tanto reacionário. Muito hétero, muito reverente com os amantes de ópera que vivem no Upper East Side, muito chegado a uma decoração creme por trás de roupa bege. Careta até não poder."
 
"Gosto mais de pretos que de mulheres."
 
"Meu negócio agora é sexo e amizade. Acho esse negócio de amor uma coisa muito chata."
 
"Lula é a Madonna. Ele se coloca bem para manter o sucesso de ter chegado à Presidência. A sensação que a gente tem até hoje é que ainda estamos na festa da posse do Lula."
 
"Sou modesto no que diz respeito à criação e não o sou pessoalmente. Me acho melhor do que Chico, Milton e Gil juntos."
 
"Nunca entendi desse negócio de dinheiro. Nem sei quanto eu ganho."
 
"Estou muito feliz com a atuação do Gil, porque ele se sente tão bem. Ele está feliz, estou feliz também. Uma coisa é certa: ele trouxe uma visibilidade e um peso para o Minc que ele nunca teve antes."
 
"O nome da solução do problema Brasil é São Paulo feliz."
 
"Vivemos com medo e isso nos leva a apoiar os líderes mais inaceitáveis."
 
"Tenho canções legais. Não são grandes canções, mas se vinculam com a história brasileira. Tiveram graça no momento e no modo em que apareceram. Talvez algumas sejam até bonitas em si."
 
"Eu dizia sobre os arranha-céus de Nova York que, olhando para eles, tinha a impressão de que já haviam sido destruídos há muito tempo."
 
"Osama Bin Laden é um homem bonito e se parece com algumas pessoas da minha família."
 
"Sou contra a reserva de mercado. Tem mais é que abrir as portas para a Madonna abrir as pernas".
 
"Eu sou um preguiçoso que trabalha muito."
 
"Desde pequeno eu achava que seria célebre."

fonte: http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/motta-as-palavras-de-caetano/

 

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