28 fevereiro 2010

A paz é inútil para nós...

Se estivesse vivo, meu irmão hoje estaria completando 38 anos. Eu já teria ligado e lhe dado os parabéns, perguntado como as coisas estavam indo, como estavam aqueles familiares com os quais tínhamos mais proximidade e outras coisas que nos viesse à cabeça. Mas conversaríamos um pouco sobre tudo, ele me perguntaria como estava seu afilhado e meu filho, o "Pedrinho", mandaria um beijo pra ele e perguntaria quando eu iria para lá, a cidade do interior de SC onde morava com a (nossa) irmã.
Hoje percebo o quanto gostava dele, o quanto ele era essencial para a vida das pessoas que o rodeavam - e já faz dois anos e cinco meses que ele se foi.
Não houve um dia, desde aquele 24 de setembro de 2007, que eu não tenha lembrado dele. Um detalhe, uma palavra, uma música, um livro, uma piada, uma situação ridícula ou engraçada - sempre algo me faz lembrar do meu irmão.
Viajei no carnaval para SC e encontrei alguns amigos de infância e primos que falaram do quanto o "Bébe" faz falta para as cervejas, as cachaças, as piadas, as músicas, para a vida. Conversamos sobre ele e ao mesmo tempo tentávamos evitar falar sobre ele: a saudade nos batia e tínhamos receio de entristecer lembrando dele, o que o deixaria furioso, temos certeza.
A paz talvez seja algo, como diz a música, que não podemos ter, pois a lacuna deixada por algumas pessoas ficará para sempre.

Mas fica o legado e a lição de que temos sempre de cuidar daqueles que amamos, valorizar os momentos vividos juntos para depois tentarmos usar isso como consolo para a falta dessas pessoas...

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