01 janeiro 2008

Mais um ano ou menos um ano?

É o que pergunto a alguns conhecidos no último dia 31 de cada ano, quando nos encontramos pra avaliar como foi o ano que passou.
E como todos, invariavelmente, saem a falar como foi o período de 365 dias que passou, me bate uma baita tentação de falar como foi meu ano passado, e, por irresistível, lá vai:

Completei meu segundo ano sem cigarro, ví meu filho terminar o primeiro ano primário com desempenho excelente, profissionalmente obtive conquistas perenes(que embora não tenham significado aumento no salário mas significaram reconhecimento profissional futuro a médio prazo), ví meu time cair pra segunda divisão do Brasileirão, ví o time de minha esposa cair também, a morte de meu irmão reforçou o laço familiar com minha irmã e, entre alegrias e tristezas, tenho certeza que posso me considerar um cara feliz.

Olhando pra trás, percebo que aconteceram coisas que jamais imaginei que aconteceriam...

Como naquela noite, de 24 de setembro, 19.00 hs aproximadamente, quando tocou o telefone e a conhecida do outro lado da linha perguntou se eu tava sentado. De imediato imaginei que ia contar que minha tia tinha falecido, ela que estava muito mal com o falecimento recente do marido, meu tio Natalício.
Mas não, ela disse "O Bébe morreu". Bébe era o apelido do meu irmão. Tinha conversado com ele via fone na manhã daquela segunda-feira. Estava feliz.

Certas coisas deveriam ser proibidas de acontecer. A morte das pessoas que amamos, por exemplo.

Tchau, 2007.


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