21 setembro 2008

Alguns momentos ficam para sempre na memória.
Dias atrás comentava com um colega de trabalho que certas músicas marcaram momentos que hoje, ao ouví-las, me fazem retornar no tempo. Tanto momentos alegres como tristes, tanto faz, a música que tocava naquele instante ressuscita aquele momento.

Talvez tenha sido bom que naquela segunda-feira, dia 24 de setembro de 2007, eu não estivesse ouvindo nenhuma música.
Mas lembro cada detalhe daquela noite, quando em torno das 8 da noite, me ligou a Célia, amiga de minha irmã, lá de Urussanga:
-Você está sentado? - perguntou-me ela.
Naquela fração de segundo, passou-me pela cabeça que minha tia Alvacy tinha morrido, visto a morte do tio Natalício na semana anterior, quando lá estive para o velório, e ela estava bem abalada.

Ela me disse, do outro lado da linha:
-O Bébe morreu.

Bébe era apelido do meu irmão.

Minha reação foi dizer-lhe " não faça brincadeira com uma coisa dessas, Célia"...
Aí ela me disse que ele teve um infarto fulminante enquanto ia até a locadora devolver uns filmes, às seis e meia da tarde daquele dia.
Triste ter ouvido de minha irmã, dias depois, que ele esperou me ver para morrer, visto que só falava de mim o tempo todo, como era bacana a minha casa que ele ajudou a montar, etc...

Não sei se é somente tristeza o que sinto, agora, um ano depois.
Mas Freud definiu que a gente demora um ano para se recuperar da perda de parentes próximos, como pais e irmãos.

Tomara que ele esteja certo.

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